Há dois meses sem presidente, a Agência Reguladora de Pernambuco (Arpe) deverá ficar sem comando até meados de julho. Esse é o tempo que o governo estadual precisará para organizar a ida do prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca (PSB) para o posto. Interlocutores do governador Paulo Câmara (PSB) afirmam que a demora se dá principalmente porque Ettore pediu de 15 a 20 dias para “arrumar a casa” antes de renunciar e repassar o comando da cidade para o vice-prefeito Gino Albanez (PSB).
As negociações para que Ettore presida a Arpe são dadas como finalizadas no governo apesar de não haver confirmação oficial do convite. Ele também terá a missão de contribuir com a articulação política da gestão, pael que teve na época em que Eduardo Campos governou o Estado. A função hoje cabe sobretudo ao secretário da Casa Civil, Antônio Figueira, que ganhará o reforço do prefeito na tarefa de intermediar o contato entre o governador e sua base de apoio.
De acordo com interlocutores do governador, a convocação de Ettore para o posto de articulador político é uma forma de Paulo preservar o secretário da Casa Civil neste início de gestão uma vez que ele vinha sendo “fritado” nos bastidores por prefeitos e deputados governistas.
Ettore não se pronunciou sobre o convite, mas pessoas ligadas ao prefeito afirmam que ele está motivado para voltar à articulação política do Palácio. Para que seja efetivado no posto, no entanto, ele terá que ver seu nome aprovado na Assembleia Legislativa.
Paulo agora trabalha para encontrar um espaço para o PDT, que detinha o comando da Arpe até a saída de Roldão Joaquim da presidência. As negociações apontavam para o nome de Wellington Baptista, ligado aos pedetistas José Queiroz (prefeito de Caruaru) e Wolney Queiroz (deputado federal e presidente estadual da legenda). Nos bastidores, a informação é de que Wolney irá ao Palácio do Campo das Princesas na próxima segunda para tratar do assunto.