Paulo Câmara chega a seis meses de governo arrumando a casa por conta da crise econômica

Para especialistas, governador não conseguiu imprimir marca de gestão
Franco Benites
Publicado em 27/06/2015 às 13:03
Foto: Foto: Diego Nigro/JC Imagem


Durante seus primeiros seis meses à frente do governo estadual, Paulo Câmara (PSB) inaugurou poucas obras e assinou. A maior marca socialista neste início de gestão foi a “arrumação da casa” principalmente no que diz respeito às finanças estaduais. Ainda em fevereiro, o socialista lançou um programa com o objetivo de reduzir em R$ 330 milhões o custeio com a máquina pública. A essa medida somaram-se outras sempre tendo como norte combater os efeitos da crise econômica no Estado.

Foi à crise, aliás, que Paulo recorreu ao fazer um balanço do governo até aqui. “Nesses seis meses, procuramos dar prosseguimento ao trabalho que já vinha sendo feito, buscar a qualidade dos serviços públicos, finalizar obras e cuidar do Estado diante de uma crise econômica que faz tempo que não se vê. Uma crise que atinge as nossas finanças”, pontua.



Na tentativa de melhorar as finanças estaduais, Paulo institiu um programa de recuperação de créditos tributários e, reuniu-se com a presidente Dilma Rousseff (PT) e percorreu ministérios para tentar destravar a liberação de recursos. “Ele está se articulando, tem feito o seu papel institucional e é aberto ao diálogo”, avalia o cientista político e professor da Faculdade dos Guararapes, Isaac de Luna.

O especialista, porém, afirma que Paulo deveria ter feito mais. “Ele ficou arrumando a casa e tentando manter o que Eduardo fez. Eduardo implantou marcas, como a atração de investimentos e o Pacto pela Vida”, diz.



Essa também é a avaliação do estrategista político Paulo Moura. “Há muita justificativa no discurso e não se percebe a criação de novas agendas. O governo chega aos seis meses sem criar nenhum marca. Se perguntar às pessoas qual a bandeira do governo Paulo ninguém saberá dizer”, declara.

Na opinião de Isaac de Luna, esse jogo pode ser virado se Pernambuco conseguir conquistar o centro de voos nacionais e internacionais que o grupo Latam, formado pela TAM e pela chilena LAN, querem implantar no Nordeste. De olho nesse empreednimento, que, estima-se, irá gerar ende oito a 12 mil empregos, o governador tem ido a Brasília e se articulado com aliados e oposicionistas em eventos suprapartidários. “Essa seria uma grande marca do governo Paulo”, opina.

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Paulo Câmara faz juramento como governador de Pernambuco - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Paulo Câmara passa tropas do Estado em revista pela primeira vez - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Primeiro discurso de Paulo Câmara como governador - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Paulo Câmara encontra personagens no Galo da Madrugada - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Paulo Câmara circula pelo carnaval do Recife - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Paulo Câmara se reúne com presidente Dilma em Suape - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Paulo Câmara participa de inauguração de navio em Suape - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Paulo Câmara recebe Marina Silva - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
Paulo Câmara em encontro com integrantes da Secretaria de Defesa Social - Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Paulo Câmara em encontro com integrantes da Secretaria de Defesa Social - Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Paulo Câmara apresenta mapa estratégico do Estado - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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Paulo Câmara inaugura fábrica da Jeep com Dilma - Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem
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Paulo Câmara inaugura fábrica da Jeep com Dilma - Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem
Foto: Edmar Melo/JC Imagem
Protesto de professores contra o governador - Foto: Edmar Melo/JC Imagem
Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Paulo Câmara visita obra de hospital em Goiana - Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
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Paulo Câmara visita obra de hospital em Goiana - Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
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Paulo Câmara inaugura fábrica da Jeep com Dilma - Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
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Paulo Câmara lança Chapéu de Palha na Mata Sul - Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Paulo Câmara lança Chapéu de Palha na Mata Sul - Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Paulo Câmara e Lula em Pernambuco - Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Paulo Câmara e Lula em Pernambuco - Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Foto: Rodrigo Carvalho/JC Imagem
Paulo Câmara abre ano legislativo - Foto: Rodrigo Carvalho/JC Imagem
Foto: Rodrigo Carvalho/JC Imagem
Paulo Câmara abre ano legislativo - Foto: Rodrigo Carvalho/JC Imagem
Foto: Rodrigo Carvalho/JC Imagem
Paulo Câmara em entrevista após reunião do Pacto pela Vida - Foto: Rodrigo Carvalho/JC Imagem
Foto: Instituto Lula/Divulgação
Paulo Câmara e Lula em São Paulo - Foto: Instituto Lula/Divulgação
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Paulo Câmara recebe prêmio pelo programa Mãe Coruja - Foto: Ennio Benning/Divulgação
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Paulo Câmara com Fernando Henrique Cardoso - Foto: EnnioBenning/Divulgação
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Paulo Câmara com presidente do Senado, Renan Calheiros - Foto: Humberto Pradera/Divulgação
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Paulo Câmara em encontro de governadores do Nordeste - Foto: Humberto Pradera/Divulgação
Foto: Humberto Pradera/Dilvugação
Paulo Câmara em encontro de governadores do Nordeste - Foto: Humberto Pradera/Dilvugação
Foto: Aluisi Moreira/Divulgação
Paulo Câmara no Todos por Pernambuco - Foto: Aluisi Moreira/Divulgação
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Paulo Câmara com Jarbas Vasconcelos no Galo da Madrugada - Foto: Aluisio Moreira/Divulgação
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Paulo Câmara visita obra estadual no interior - Foto: Aluisio Moreira/Divulgação
Foto: Roberto Pereira/Divulgação
Paulo Câmara na escola estadual Eduardo Campos - Foto: Roberto Pereira/Divulgação


De acordo com o phD em Economia  José Raimundo Vergolino, Paulo Câmara também poderia trilhar um caminho diferente do que foi feito por Eduardo Campos e criar uma marca ao tomar algumas atitudes na área administrativa que, em sua avaliação, teriam efeito sobre as contas do Estado. 

“Ele tem que enxugar a máquina, diminuindo ainda mais o número de comissionados o  de secretarias, deixando apenas as essenciais e básicas como Saúde, Educação e Segurança. No passado, já se vendeu a Celpe. Ele também deveria vender a Compesa e criar um fundo”, argumenta.
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