No Recife, Alckmin e Aécio descartam apoio a impeachment da presidente Dilma Rousseff

Tucanos afirmam que desfecho não está nas mãos do PSDB
Franco Benites
Publicado em 11/08/2015 às 6:02
Tucanos afirmam que desfecho não está nas mãos do PSDB Foto: Franco Benites/Especial para o JC


Um possível  impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) foi um dos temas abordados por lideranças políticas nacionais ontem após a homenagem a Eduardo Campos. A medida foi rechaçada e ninguém defendeu abertamente a sua execução, nem mesmo o senador Aécio Neves (PSDB-MG), rival da petista nas eleições presidenciais do ano passado.  “Não cabe ao PSDB escolher o melhor desfecho para o País. O papel do PSDB é garantir que as instituições funcionem na sua plenitude. Seja no Tribunal, no Supremo ou no Ministério Público”, destacou.

Apontado como rival de Aécio na briga interna para ser o próximo candidato do partido à presidência, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que não vê elementos para o impeachment. “Essa questão não está colocada neste momento. O que precisa agora é investigar e cumprir a Constituição. Só haverá novas eleições se anular a eleição passada e isso hoje não é discutido”, falou. Por outro lado, o tucano enfatizou que apoia os protestos contra a presidente, inclusive os que pedem o impeachment. “Quando a população vai as ruas, quem ganha é a democracia”, completou.



O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, também descartou que o impeachment ganhe força dentro do partido. “O PSB nunca adotou essa bandeira porque o impeachment não é uma bandeira do partido. Se surgir, e pode surgir contra qualquer presidente, é porque haverá um fato concreto que demonstre o crime de responsabilidade, o que não é o caso no momento”, falou.

Dirigente do PSB e ex-candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Marina Silva após a morte de Eduardo, Beto Albuquerque (RS) foi mais duro ao analisar os elementos que são apontados como base para o impeachment. “O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) hoje avalia as contas da chapa que venceu a eleição. Há indícios muitos claros de uso de recursos mal-havidos da corrupção da Petrobras nessa campanha. Cabe ao TSE, que muitas vezes é cruel com prefeitos e com governadores, fazer uma análise se uma campanha presidencial pode usar dinheiro sujo para financiar sua vitória”, afirmou.
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