Alepe pode votar nesta terça-feira liberação da bebida nos estádios

Entrada do projeto na pauta de votação depende da presidência da Casa, mas proposta tem forte rejeição da bancada evangélica
Ayrton Maciel
Publicado em 24/11/2015 às 8:00
Entrada do projeto na pauta de votação depende da presidência da Casa, mas proposta tem forte rejeição da bancada evangélica Foto: Foto: Guga Matos/JC Imagem


Deputados estaduais vivem a expectativa, nesta terça-feira (24), de retornar à pauta de votação do plenário o projeto de lei que volta a liberar bebidas alcoólicas nos estádios de futebol de Pernambuco. O projeto do deputado governista Antônio Moraes (PSDB) chegou a entrar na ordem do dia, na semana passada, mas a pedido do próprio autor - diante do pequeno quórum no plenário e sob risco da matéria ser derrotada - foi retirado da pauta. Moraes alegou que a Casa precisa discutir mais a matéria.

A ordem do dia é definida pelo presidente da Alepe, atualmente o deputado Guilherme Uchoa (PDT). A proposta divide a Casa. A maior resistência parte da bancada evangélica, que conta hoje com oito deputados. Na última terça-feira (17), a informação de que a proposta estaria na pauta do dia seguinte surpreendeu e levou à imediata mobilização da bancada, que promete impedir a aprovação da matéria, que libera a venda e consumo de bebidas alcoólicas nos estádios e arenas esportivas.

Os evangélicos alegam que o projeto "só beneficia as indústrias de cerveja", podendo ser um efeito para o aumento da violência entre os torcedores. Os defensores da liberação argumentam que a liberação ajudará na receita dos clubes e na arrecadação de impostos para o Estado. Antônio Moraes deu entrada ao projeto em 18 de novembro do ano passado. Em 12 de maio deste ano, porém, surpreendeu a Casa ao retirar a proposta da Comissão de Constituição (CCLJ) e pedir seu arquivamento.

O deputado revelou que tomava a decisão devido ao “desinteresse” dos três grandes clubes - Sport, Santa Cruz e Náutico - e da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) em prosseguir com a proposta, na medida em que não pressionavam os deputados a aprová-la. O projeto atendia, segundo disse, reivindicação dos clubes e da FPF.

A proibição de bebidas alcoólicas nos estádios ocorreu antes da Copa de 2014. A medida queria reduzir os crescentes conflitos entre torcidas organizadas. No entanto, para atender à Fifa, que tinha empresas de bebidas entre os patrocinadores, uma lei foi aprovada na Alepe permitindo a comercialização e consumo exclusivamente na Arena Pernambuco.

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