Licitação do novo plenário da Alepe foi questionada na Justiça

Obra começou em 2012 e segue parada, apesar do Legislativo ter os R$ 26,4 milhões necessários para concluir edifício
Paulo Veras
Publicado em 16/01/2016 às 7:21
Obra começou em 2012 e segue parada, apesar do Legislativo ter os R$ 26,4 milhões necessários para concluir edifício Foto: Imagem: Google Maps


Uma empresa que não participou da licitação para as obras de conclusão do novo plenário da Assembleia Legislativa (Alepe) entrou na Justiça para questionar as exigências técnicas do edital, o que suspendeu a retomada das intervenções no edifício, como revelou o JC nessa sexta-feira (15). A explicação foi dada pelo deputado Diogo Moraes (PSB), primeiro secretário da Casa, por meio de uma nota que não apresentou previsão de retomada da obra. A Casa diz já ter dinheiro reservado para completar a construção, que está parada. O novo plenário receberá o nome do ex-governador Miguel Arraes de Alencar.

Nos primeiros dias do ano, a Construtora Celi chegou a ser classificada para realizar o trabalho, oferecendo uma proposta de R$ 26,4 milhões; valor inferior aos R$ 28 milhões estipulados pela gestão da Assembleia para concluir o prédio. A Concrepoxi Engenharia, que atua na reforma de um dos prédios do Legislativo, chegou a concorrer no processo. A Casa não divulgou que empresa questionou judicialmente o processo, nem que exigências técnicas foram debatidas. A licitação ainda está em fase de recursos.

A obra do novo plenário foi iniciada em 2012 pela construtora Pottencial, que não teve condições de conclui-la por dificuldades financeiras. Ela foi iniciada junto com o Edifício João Negromonte, onde desde julho funcionam os gabinetes dos 49 deputados estaduais, mas que inicialmente foi inaugurado ainda incompleto pelo deputado Guilherme Uchoa (PDT), presidente da Alepe.

FOLHA - Em contrapartida, a Assembleia Legislativa conseguiu captar mais R$ 5 milhões com o novo pregão da folha de pagamento do legislativo, que manteve o direito de o Santander continuar repassando os pagamentos dos servidores na ativa e aposentados. O dinheiro extra vai ajudar a reforçar o caixa da instituição, que terá um orçamento R$ 20 milhões menor em 2016. Segundo o órgão, o dinheiro será destinado a investimentos na própria Casa.

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