Adesão à greve não deve aumentar, diz secretário de Administração

Marconi Muzzio classificou proposta de reajuste vinculado à arrecadação de inovadora
Mariana Araújo
Publicado em 23/02/2016 às 20:16


O secretário de Administração do Recife, Marconi Muzzio, disse que, até o início da noite dessa terça (23), não foi notificado da greve aprovada pela manhã pelo Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Municipais da Administração Direta e Indireta do Recife (SINDSEPRE). "Nos causa estranhesa porque não se encerraram as negociações", disse. 

Uma nova rodada está marcada para segunda (29), às 10h. "Não acredito que outros sindicatos possam aderir. Acredito até que o SINDSEPRE possa voltar atrás, porque não encerramos a negociação", pontuou Muzzio. A Prefeitura tem até o dia 5 de abril para sancionar a lei com o reajuste dos servidores. Atualmente, existem cerca de 30 sindicatos de diversas categorias ligados a servdiores do Recife.

O projeto precisa passar por votação na Câmara Municipal. Segundo o secretário, o projeto deve ser enviado cerca de 20 dias antes para a Câmara, para que possa ser avaliado pelos vereadores. Sobre a proposta apresentada pela Prefeitura, de vincular o reajuste ao aumento da arrecadação municipal, Muzzio classificou de "inovadora". 

O presidente do SINDSEPRE é o vereador Osmar Ricardo (PT), líder da oposição na Câmara. Muzzio evitou falar em uso político da greve. "Vamos aguardar como os demais sindicatos se comportam. Se os demais iniciarem movimentos grevistas, é uma coisa. Mas se só este mantiver a posição, pode haver uma indicação política no movimento sindical", explicou.

Muzzio disse, ainda, que a proposta de aumento escalonada foi feita com base em cálculos das contas de janeiro, que apresentam um ligeiro aumento no caixa municipal. No entanto, o secretário não citou números. Entre as formas de ampliar receitas, Muzzio citou que a Prefeitura tem conseguido recursos através de multirões de negociações judiciais. 

A proposta de um possível não-reajuste quebraria uma sequência de três anos de boas relações entre servidores e a Prefeitura. "Havia uma gordura para ser queimada dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal. Agora, estamos num momento de crise", disse Muzzio. O secretário explicou que em 2015 houve um aumento e receita de 0,21% em relação a 2014, enquanto o gasto com pessoal subiu 11,57%. Nos três anos de gestão de Geraldo Julio (PSB), o aumento de receita foi de 19,08%, enquanto as despesas com folha de pagamento subiram 38,13% no mesmo período.

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