No dia em que o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), anunciou o apoio do PMB à sua candidatura, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB), também pré-candidato na Capital, anunciou que entrará com uma ação contra a legenda junto à Procuradoria Geral da República (PGR), ao lado do deputado Rocha (PSDB-AC). Segundo os tucanos, há indícios de irregularidades na criação da sigla, que chegou a ter 22 deputados federais, mas hoje possui apenas um.
"Queremos que o procurador Rodrigo Janot tome providências em relação ao PMB. Graças à brecha permitida para troca de legenda quando partidos são fundados, 22 parlamentares foram para o PMB. Só que quase todos saíram logo em seguida, de forma que hoje só existe um deputado. Ou seja: é um partido de 1 deputado, mas que tem tempo de televisão e fundo partidário de uma sigla com 22", afirmou Daniel, por meio de sua assessoria.
Segundo o pernambucano, não é possível deixar essa situação passar em branco porque se está lidando com recursos públicos repassados para um partido recém-fundado, sem base popular e sem voto.
No auge, quando tinha 22 parlamentares, o PMB tinha apenas duas deputadas em suas fileiras, Brunny e Dâmina Pereira, ambas de Minas Gerais. Hoje, o único representante do partido no Congresso é o ex-petista Welliton Prado (MG).
O deputado pernambucano Adalberto Cavalcanti (hoje no PTdoB) chegou a se filiar ao partido, para atrai-lo para a aliança do ministro Armando Monteiro Neto (PTB), na oposição ao PSB no Estado, mas desistiu após ver o esvaziamento da sigla.