Em ato no Centro do Recife, após percorrer 11 cidades do interior de Pernambuco, o ex-presidente Lula voltou a criticar o processo de impeachment iniciado contra a presidente afastada Dilma Rousseff (PT). Com discurso direcionado à suposta "perseguição" sofrida pelo Partido dos Trabalhadores, o ex-presidente deixou claro que ele e até mesmo o presidente interino Michel Temer já cometeram "pedaladas", crime fiscal pelo qual Dilma pode ser impedida de voltar ao comando do Poder Executivo Federal.
Na sua fala, Lula esclareceu que o Brasil, sob o comando de Dilma, deixou de arrecadar cerca de R$ 500 milhões pois a então presidente foi conivente com as empresas e permitiu uma política ampla de desonerações.
Além de defender Rousseff, o ex-presidente alegou: "não cometi crime". Lula lembrou do seu período de governo e alertou que o único crime foi oferecer refeição três vezes ao dia aos pobres e permitir que o pobre e o negro pudessem ter acesso ao estudo digno.
Lula demonstrou indignação com as investigações conduzidas pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato. De acordo com o petista, a divulgação de conversas entre ele e Dilma foi uma "cretinice" e "falta de ética".