Cento e cinquenta policiais militares vão reforçar a segurança em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco, no dia 2 de abril, quando será realizada a eleição suplementar para prefeito. O esquema, que prevê dois homens em cada um dos 25 locais de votação, além de ronda motorizada em todos os distritos, foi definido na tarde desta quarta-feira (22/03), numa reunião promovida pelo juiz da 16ª Zona Eleitoral, Eduardo José Burichel, com representação do Ministério Público Estadual, do comando do 18º Batalhão da PM, da Polícia Civil, do Tribunal Regional Eleitoral e das coligações partidárias. O reforço é maior que o concedido nas eleições normais de outubro de 2016.
Naquela ocasião, cada local de voto só contou com um policial e faltou segurança em alguns distritos. Segundo a chefe do cartório da 16ª Zona, Taizi Figueiredo, a Polícia Militar garantiu que já a partir desta quinta-feira (23/3) o município contará com maior policiamento.
A vigilância nos locais de votação começará no sábado, 1º de abril, quando as urnas serão distribuídas. Desde a eleição regular o clima na cidade é acirrado, com forte disputa entre os grupos liderados pelo PTB e o PSDB. O mais votado em outubro, o petebista Romero Sales, acabou sendo indeferido por causa de condenação anterior, quando vereador, por improbidade administrativa. Teria viajado, junto com outros parlamentares e trabalhadores da casa, para um encontro nacional de agentes públicos, no Paraná, que acabou não sendo integral. A Justiça entendeu que a viagem foi turística e causou prejuízo de quase R$ 70 mil aos cofres do município. A defesa de Sales alega que ele não foi o responsável pelo evento e devolveu o dinheiro recebido para custear o deslocamento e estadia fora de Pernambuco. Romero Sales lançou a esposa candidata a prefeita nesta campanha suplmentar.
O desembargador Luiz Carlos de Barros Figueiredo, do TRE, concedeu nesta quarta (22/3) liminar determinando a retirada de propaganda de Célia Sales (PTB). Atendeu um mandado de segurança impetrado pelos advogados de Carlos Santana (PSDB), que denunciaram irregularidade em cartazes que exibiam o CNPJ de uma gráfica em falência como a responsável pela confecção da propaganda.