Atualizada às 14h53
Líder do governo Paulo Câmara (PSB) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado estadual Isaltino Nascimento (PSB) fez um discurso contundente, na manhã desta quinta-feira (27), convocando trabalhadores para a greve geral marcada para esta sexta-feira (28). Veja quais categorias paralisam atividades.
"A greve do dia 28 de abril não é uma greve para quem tem privilégios. É uma greve para chamar a atenção do povo brasileiro", afirmou Isaltino. "Com essas modificações (na legislação trabalhista), na verdade nós estamos colocando aí um estado de terra arrasada. E daqui para a frente é o jogo da raposa negociando com a galinha. É o patrão dizendo ao empregado como é que deve ser. Essa é a regra que está sendo estabelecida", afirmou ainda.
Segundo o deputado do PSB, os trabalhadores estão sendo chamados para um momento histórico. "Nós temos que ir para rua novamente amanhã, para tentar chamar a atenção da sociedade que ainda está dormindo sem perceber o grande prejuízo que terá todo o povo brasileiro, sobretudo os trabalhadores", explicou.
O deputado do PSB também trocou sua foto no Facebook por uma imagem que convoca para a manifestação. "PSB na luta pelos nossos direitos. 28/04 é #GreveGeral", diz a arte. O deputado, que é servidor da Previdência, já se posicionou contra a reforma apresentada pelo governo Michel Temer (PMDB).
Isaltino Nascimento começou a carreira política como líder sindical e já foi filiado ao PT. Migrou para o PSB a convite do ex-governador Eduardo Campos e assumiu a liderança do governo no início do ano para reorganizar a base de olho nas eleições de 2018.
Questionado sobre o movimento nessa quarta (26), o governador Paulo Câmara disse que caberia aos secretários estaduais decidir se iriam cortar ou não o ponto dos servidores que decidirem participar da paralisação. Paulo também disse confiar no bom senso dos funcionários públicos.
"Quem cuida do ponto dos servidores são os secretários. O governador não tem tempo para isso. Então, espero que todos os servidores públicos tenham consciência de seu dever e obrigação para não deixar a população desassistida. Tenho certeza de que vamos ter um dia de funcionamento dos serviços públicos de Saúde, Educação, Segurança e a condição de também fazer suas manifestações dentro do estado democrático de direito em que vivemos", afirmou.