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''A decisão é dele'', diz presidente do PSB sobre Fernando Filho

Presidente do PSB, Carlos Siqueira, reafirmou seu posicionamento de que o ministro das Minas e Energia, Fernando Filho (PSB) deve se retirar do governo Temer
Luisa Farias
Publicado em 19/05/2017 às 12:29
Presidente do PSB, Carlos Siqueira, reafirmou seu posicionamento de que o ministro das Minas e Energia, Fernando Filho (PSB) deve se retirar do governo Temer Foto: Humberto Pradera / Divulgação


O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, voltou a defender a saída do ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB) do governo, após a liberação do áudio da conversa do presidente Michel Temer (PMDB) com o empresário da JBS Joesley Batista pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (18)

Carlos Siqueira lembrou mais uma vez que o PSB não indicou cargos para o governo de Michel Temer. “Penso que ele deveria se afastar. Mas a decisão é dele, porque ele não está lá em nome do PSB, portanto, foi uma sugestão, até pela admiração, pelo companheirismo que tenho com ele, um jovem de importante quadro do nosso partido”, disse o presidente do PSB em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta sexta-feira (19).

Segundo Siqueira, sua maior preocupação com a permanência de Fernando Filho no Ministério é com a figura do partido. “Porque na percepção geral nem todo mundo compreende. Como um partido não indica um ministro e ele continua? Como um partido que está contra a Reforma Trabalhista e a Reforma da Previdência tem um ministro no governo? No imaginário popular não fica bem claro”, contou. 

Retaliação

A Executiva nacional do PSB decidiu em 24 de abril fechar questão contra as reformas Trabalhista e da Previdência propostas pelo Governo Federal. Dos 30 deputados do PSB no Congresso Nacional, 14 votaram a favor da Reforma Trabalhista. Carlos Siqueira destituiu quatro presidentes estaduais do partido, Fabio Garcia (PSB-MT), Maria Helena (PSB-RR), Danilo Forte (PSB-CE), e Tereza Cristina (PSB-MS), líder da bancada federal.

“Eles foram afastados porque em cada estado o presidente de certa maneira não deixa de ser a cara pública do partido. Isso funcionou muito bem porque a repercussão nos estados foi muito grande e ficou claro que eles eram dissidentes e não estavam seguindo a orientação com posição fechada do PSB contra as reformas”, afirmou.

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