Bolsonaro: 'Maus políticos estão seguros com atual ministro da Justiça'

O deputado federal criticou a mudança que o presidente Michel Temer fez no comando do ministério
JC Online
Publicado em 31/05/2017 às 6:30
O deputado federal criticou a mudança que o presidente Michel Temer fez no comando do ministério Foto: Wilson Dias/Agência Brasil


Como era de se esperar, não faltaram declarações polêmicas por parte do deputado Jair Bolsonaro durante sua passagem pelo Recife nessa terça-feira (30). O parlamentar carioca criticou o presidente Michel Temer (PMDB) pela troca no comando do Ministério da Justiça recentemente.

"A intenção sabemos muito bem qual foi. O meu pensamento é que foi para ter a Polícia Federal em suas mãos", afirmou.

Bolsonaro informou que tem um filho da Polícia Federal e que vai conversar com ele sobre o assunto, mas enfatizou que a medida de Temer não é bem vista.

"Tenho um filho que é escrivão de polícia e deputado federal. Não conversei com ele após essa substituição porque ele estava em Salvador. O que sinto, com toda certeza, que ele vai dizer para mim, é que a intenção é tirar o poder da Polícia Federal vai fazer com que ela tenha menos meios de fazer essas incursões para combater a corrupção. Com isso os maus políticos, que não são poucos, vão se sentir mais seguros com esse atual ministro (Torquato Jardim)", disse.

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O deputado federal ainda garantiu que o seu projeto presidencial está de pé. "Há dois anos tenho rodado o Brasil. caso o meu partido no futuro concorde com essa possível candidatura, essas viagens vão se intensificar", respondeu.

Ainda durante a entrevista, Bolsonaro criticou o atual sistema de votação no Brasil.

"As urnas eletrônicas não são confiáveis. Duvido quem comprove que elas são imunes a possíveis fraudes", declarou.

A PASSAGEM PELO RECIFE

]A passagem de Bolsonaro pelo Recife nesta terça ocorreu devido ao sepultamento do ex-jogador do Santa Cruz, Sebastião Tomaz de Aquino, conhecido como “Paraíba, o Canhão do Arruda”, sobrevivente do atentado terrorista ocorrido no Aeroporto Internacional dos Guararapes em 25 de julho de 1966. O corpo do ex-jogador foi no Cemitério de Santo Amaro, na área central da capital pernambucana, local onde Bolsonaro conversou com os jornalistas.

"Sebastião Tomaz era um guarda civil e estava no aeroporto aguardando o general Costa e Silva, que estava vindo fazer campanha, alguns falam em Ditadura, mas o general tava vindo fazer campanha junto à bancada de parlamentares porque a eleição era indireta naquele momento. Foi um ato terrorista. Eu conheci o Sebastião há um ano e pouco atrás, fiz amizade especial com a filha dele e resolvi passar por aqui. Ele foi ferido por uma bomba da Ação Popular, da esquerda brasileira, essa esquerda que diz que lutava por democracia”, declarou Bolsonaro.

Durante a visita ao Recife, policiais militares que estavam nas proximidades do cemitério de Santo Amaro pediram para tirar fotos com Bolsonaro.

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