Enquanto a Adutora do Agreste não fica pronta, o prefeito eleito de Belo Jardim, Hélio dos Terrenos (PTB), informa que, ao tomar posse no cargo, buscará recursos para realizar medidas emergenciais, como a instalação de novos poços artesianos e reativação dos que contam com boa vazão de água. Assessores do petebista também afirmam que ele reorganizará o abastecimento por carros-pipa no centro e na área rural.
Belo Jardim foi alvo de um estudo do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que está fazendo auditoria operacional na gestão estadual dos recursos hídricos. A análise é focada no Agreste, que chamou a atenção do tribunal pela crise prolongada de abastecimento d’água. São sete anos sem fornecimento regular. Os primeiros resultados apontam que além do fenômeno natural da estiagem, há falhas no gerenciamento, como atraso em obras estruturais, falta de uma maior articulação entre diferentes órgãos, além de problemas na manutenção da rede e de controle do uso dos reservatórios. O Estado alega atraso na liberação de recursos federais.
A assessoria do prefeito eleito afirma que “muitas pessoas optavam por pagar valores exorbitantes na compra de água de carro-pipa, devido à ineficiência por parte do governo estadual e do anterior governo municipal em realizar a distribuição de água à população”. Belo Jardim teve a situação de emergência decretada pelo Estado em razão da seca, assim como outros 69 municípios.
“Esperamos que as chuvas que estão chegando gradativamente a nossa cidade encham os nossos mananciais, mas estaremos prontamente ativos para buscar recursos junto aos governos estadual e federal, para viabilizar ações que contribuam efetivamente na assistência da população de Belo Jardim”, diz nota encaminhada pela Assessoria de Comunicação do prefeito eleito.
Segundo a equipe de Hélio dos Terrenos, “a única barragem que está vertendo, por encontrar-se com 100% da sua capacidade, totalizando em 1,2 milhão de metros cúbicos, é a de Tabocas/Piaça, localizada no Distrito de Serra dos Ventos”. Informa também que a população voltou a ter água recentemente nas torneiras quando a Barragem do Bitury começou a encher com as chuvas. “Se não continuar chovendo, a quantidade de água na Barragem do Bitury só será suficiente para atender a população até setembro em regime de rodízio, visto que a barragem Pedro Moura Júnior (Ipojuca), que fornece água para atender as cidades vizinhas no sistema integrado, continua seca”.