Na manhã desta quinta-feira, 21, os deputados estaduais repercutiram, na Assembleia Legislativa, a entrevista que o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) concedeu ao programa de Geraldo Freire, em que opina sobre as negociações para trazer o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) para o PMDB e a reaproximação do PSB com o PT.
O deputado federal também negou que haja negociações em curso para que ele seja excluído dos quadros do PMDB.
O deputado Romário Dias (PSD) saiu em defesa do parlamentar. "Eu tive a honra de ter sido líder de Jarbas Vasconcelos lá quando estávamos na casa de Joaquim Nabuco. Todos os dias alguém tem uma matéria para denegrir um dos homens mais sérios da história de Pernambuco." E complementa: "Se Fernando Bezerra for pro PMDB, o ponto fundamental será que essa aliança não vai desmoronar".
"A gente viu hoje na Rádio Jornal um Jarbas em estado cru, bruto. Jarbas de volta a origem, Jarbas com sangue nos olhos. Jarbas pode ser tudo no mundo. Mas, gostem ou não, ninguém diz que ele é incoerente. A sua entrevista hoje é uma prova de coerência. O que Jarbas diz hoje acaba com qualquer fofoca, acaba com qualquer jornalismo negativo, jornalismo marrom, que hoje busca um furo a todo custo.", afirma Gustavo Negromonte (PMDB) fazendo o aparte a fala de Romário.
No outro aparte, o deputado Aluísio Lessa (PSB) chama a atenção para a fisiologia do PMDB e faz a distinção dos quadros da sigla. "A entrevista por si só diz tudo. A gente sabe muito bem que a trajetória de Jarbas incomoda muita gente em Brasília. Todo mundo sabe que o PMDB é uma saco de gatos. Lá pode ter tudo: Sarney, Temer, Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Jucá. Mas lá também tem pernambucanos como Jarbas e Raul Henry, que merecem o respeito dos brasileiros."