Temos orgulho do que fizemos na Mata Sul, diz Stefanni após operação da PF

Para o secretário de Planejamento, Márcio Stefanni, operação da Polícia Federal foi desproporcional
Da editoria de Política
Publicado em 09/11/2017 às 16:16
Para o secretário de Planejamento, Márcio Stefanni, operação da Polícia Federal foi desproporcional Foto: Foto: João Bita/Alepe


Após a deflagração da megaoperação da Polícia Federal que investiga o desvio de recursos federais enviado para combater os efeitos das enchentes da Mata Sul em 2010 e 2017 por servidores da Casa Militar do Estado, o secretário estadual de Planejamento, Márcio Stefanni, afirmou na tarde desta quinta-feira (9), em entrevista à Rádio Jornal, que o governo de Pernambuco tem orgulho do trabalho realizado na região. Segundo Stefanni, as pessoas que moram na Mata Sul vivem melhor hoje do que antes de 2010. Ele lembrou a conclusão da barragem de Serro Azul e defendeu que as outras quatro obras contra enchentes prometidas em 2010 não foram concluídas porque a União não repassou os recursos que haviam sido previamente acordados.

"Nós temos orgulho do que foi feito na Mata Sul. Desses R$ 2 bilhões investidos na Mata Sul. No presente ano ainda não houve repasse de recursos para que concluíssemos as barragens. E a CGU solicita esclarecimentos. Nós estamos com o prazo aberto para responder. Então, se surpreendeu a todos, nos surpreendeu também", afirmou Stefanni.

O secretário disse que o governo do Estado vai rebater as denúncias de desvio, superfaturamento e corrupção assim que tiver pleno conhecimento dos autos, como garante o Estado Democrático de Direito. "O que foi dito pelos delegados durante a audiência e pelo representante da CGU, é que houve a participação de servidores da Casa Militar com suposto conluio com empresários. Não há atuação do governo. Mas estamos procurando ter acesso aos autos para que possamos falar ao povo de Pernambuco e fazer a defesa se houver acusação contra o governo", justificou.

'Causa espanto'

Stefanni também se queixou da operação realizada na sede da Casa Militar, em um anexo do Palácio do Campo das Princesas, por onde agentes da Polícia Federal transitaram com armamento pesado na manhã desta quinta. O secretário classificou a medida de "desproporcional". Mais cedo, em nota, o governo havia classificado a medida como uma "espetacularização negativa".

"O que espantou foi pessoas, ainda que com mandado judicial, adentrarem na Casa Militar, em um anexo do Palácio, com fuzis, aparato de força imenso, quando lá não existe nenhum documento referente a operação. Porque eles estão na Codecipe, que fica na Cruz Cabugá, no antigo prédio onde funcionou a vice-governadoria. A vice-governadoria funciona na Rio Branco. E não foi no Palácio, foi em um anexo. Onde estão os documentos foi uma força muito menor. Isso o que causa espanto", critica Stefanni.

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