O vice-governador Raul Henry (PMDB) defendeu o governador Paulo Câmara (PSB) sobre o comprometimento do Estado em 2017 com gastos de pessoal de 47,09 %, próximo do limite prudencial de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LFR). Segundo Raul, o aumento da folha de pagamento e reajuste nos salários do setor da saúde, educação e segurança foi uma "escolha consciente" do Chefe do Executivo Estadual.
"O aumento da folha foi uma escolha do governador e uma escolha correta para enfrentar os problemas que mais afligem a população: educação, saúde e segurança. Pernambuco foi o segundo estado do Brasil que mais criou vagas. Temos a convicção que o estado vai sair da crise em uma velocidade muito maior que o país", afirmou o vice-governador, durante debate da Super Manhã da Rádio Jornal nesta sexta-feira (9).
Se no segundo quadrimestre Pernambuco já tinha entrado para o rol dos Estados que ultrapassaram o limite prudencial permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (46,55%), com comprometimento de 47,09%, no fechamento do exercício faltou 0,03 ponto percentual para cair no alerta vermelho.
O discurso inaugural do ano legislativo da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) assinado pelo governador em exercício Raul Henry e lido pelo secretário da Casa Civil, Nilton Mota, atribuía o acréscimo de 11,5% nas despesas brutas com pessoal como principal causa para o comprometimento. "Não poderíamos, sob hipótese alguma, deixar faltar pessoal para prestação de serviços essenciais à população”, diz trecho do texto oficial do Executivo.