O governador Paulo Câmara (PSB) participa, nesta quinta-feira (1°), em Brasília, de uma reunião com governadores do País convocada pelo presidente Michel Temer (MDB). O tema será segurança pública e terá a presença do recém-empossado ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann (PPS). A reunião atende a um pleito de governadores, que cobravam do governo federal um debate sobre segurança pública, principalmente após a intervenção no Rio de Janeiro. Ontem, após a posse de Jungmann, Temer afirmou que irá as questões dos Estados caso a caso.
Parte dessas cobranças ao governo federal era feita por Paulo Câmara. Na última sexta-feira (23), o governador criticou a atuação de Temer com relação à segurança e afirmou que o governo federal tratava o tema de maneira improvisada. “É só ler o que vocês (imprensa) publicam, a forma como as atuações estão ocorrendo para ver que o planejamento ficou bem aquém do necessário para um assunto tão sério e um assunto que não é só exclusivo e pontual em alguns locais”, disse o governador, semana passada.
“Não dá para a gente tratar um tema como esse de maneira improvisada. Um tema como esse precisa de planejamento, precisa ouvir os governadores. Os governadores do Nordeste falam desse tema há muito tempo, falam da questão das fronteiras, do aumento do tráfico de drogas”, acrescentou.
Sempre que é questionado sobre o problema da segurança em Pernambuco, um dos calos do seu governo, Paulo Câmara cita que é preciso combater o tráfico de drogas e de armas na sua origem, fiscalizando fronteiras e impedindo a entrada desses produtos no País. Na área de segurança, o governo do Estado negocia federalizar parte do presídio de Itaquitinga.
Na última segunda-feira (26), o governo encaminhou uma nota ao JC em que destaca as ações previstas na Carta do Acre, documento elaborado após uma reunião entre governadores de todo o País e ministros da área de segurança. Jungmann estava presente no encontro, que ocorreu em outubro do ano passado, na cidade de Rio Branco. O texto, evidencia o governo estadual, tratava da criação de um sistema nacional, de um fundo nacional, a integração dos serviços de inteligência e informações dos Estados com o nacional.
Paulo Câmara embarca amanhã para Brasília e deve permanecer na capital federal até sábado para participar do congresso do PSB. Por enquanto, a agenda com Temer é a única pauta administrativa do socialista. O PSB deverá reeleger Carlos Siqueira à frente da legenda.