O PT de Pernambuco espera se reunir nos próximos dias com o ex-presidente Lula para ouvir dele uma sinalização de qual a estratégia que a sigla deve seguir no Estado: lançar candidatura própria ou buscar uma aliança com o governador Paulo Câmara (PSB). Além de Bruno Ribeiro, presidente do PT-PE, a reunião com Lula teria ainda a participação dos três pré-candidatos do partido ao governo: a vereadora do Recife Marília Arraes, o deputado estadual Odacy Amorim ou o militante José de Oliveira.
“O objetivo é trocar ideias. Pernambuco é o estado de Lula. A gente sempre ouve ele. Em dezembro eu pedi uma audiência e nós conversamos. E quando ele ligou para falar sobre a entrevista a Geraldo Freire, eu disse que depois do Carnaval nós iríamos procurá-lo. Aí procurei e estou aguardando marcar o dia”, explicou Bruno Ribeiro.
Na entrevista exclusiva à Rádio Jornal, no início de fevereiro, Lula sinalizou que o PT pode voltar a conversar com o PSB e que os petistas precisam pensar se é melhor continuar brigando com um possível aliado e disputar uma eleição sozinho. Nove dias depois, Lula recebeu Paulo Câmara, a ex-primeira-dama Renata Campos e João Campos, filho dela com o ex-governador Eduardo Campos, falecido em agosto 2014.
Uma das expectativas é que o encontro aconteça ainda nesta semana, já que na segunda metade do mês Lula inicia uma nova caravana, dessa vez por estados do Sul. Na reunião, o petista deve sinalizar qual a direção que ele espera dar para o PT em Pernambuco. A conversa também incluiria a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido.
Segundo Bruno Ribeiro, ainda não está definido quem o PT de Pernambuco levará para a reunião. “A minha sugestão é que fosse um conjunto do PT. Não dá para ir tanta gente. É caro. O PT não está com essas folgas todas. Mas quando a gente tiver definido o dia e a agenda, a gente aqui vai ver quem de nós vai”, explica.
Antes de Lula, os três pré-candidatos do PT ao governo do Estado se reúnem amanhã pela primeira vez com o Grupo de Tática Eleitoral (GTE) do PT-PE. Há um esforço na direção da sigla para evitar a realização de prévias caso se confirme a opção por uma candidatura própria. O objetivo é evitar repetir a briga interna das prévias de 2012, que culminou na derrota eleitoral que encerrou o período de 12 anos no comando da Prefeitura do Recife.