''Tempo de TV não é definitivo'', diz Paulo sobre MDB na oposição

Na última terça-feira, Executiva Nacional do MDB decidiu dissolver o partido em PE, transferindo o seu comando para o senador Fernando Bezerra Coelho
Paulo Veras e Renata Monteiro
Publicado em 22/03/2018 às 7:12
Na última terça-feira, Executiva Nacional do MDB decidiu dissolver o partido em PE, transferindo o seu comando para o senador Fernando Bezerra Coelho Foto: Foto: JC Imagem


Após ver o MDB ser levado para a oposição pelo senador Fernando Bezerra Coelho, o governador Paulo Câmara (PSB) disse na última quarta-feira (21) que o tempo no guia eleitoral de TV e rádio não é “fundamental” para se vencer uma eleição. A mudança no posicionamento do MDB pode fazer com que a frente de oposição Pernambuco Quer Mudar tenha mais tempo de propaganda nas mídias do que a Frente Popular, coligação do chefe do executivo Estadual. Paulo disse ter certeza que o deputado federal Jarbas Vasconcelos e o vice-governador Raul Henry vão reverter na Justiça a perda do comando da sigla e garantiu que estará com os dois na campanha.

“O tempo de televisão é importante? É. Mas não é definitivo, nem fundamental para ganhar uma eleição. Se não tiver proposta, se não tiver ideias e se não tiver trabalho, não se ganha eleição”, afirmou o governador. “A Frente Popular já ganhou eleições com muito tempo de televisão, com pouco tempo de televisão. O que vale é o trabalho, a transparência e as ideias”, ressaltou.

Questionado se o PT é uma alternativa para compor o tempo de TV e rádio, Paulo disse que não está preocupado ainda com as questões eleitorais. “Quem a gente puder juntar em favor do nosso projeto, nós vamos juntar, vamos atrás”, adiantou apenas. O governador também alfinetou Fernando Bezerra Coelho. “Não tem o que avaliar. As próprias ações do senador Fernando falam por si só. É só ver todo o histórico dele de vida e de 2015 para cá, as contradições dele. Mais à frente isso vai ser avaliado pela população”, disparou.

STF

Jarbas e Raul aguardam, agora, que o Supremo Tribunal Federal (STF) avalie se há conflito de competência no fato de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter derrubado, na última segunda-feira, a liminar da Justiça pernambucana que suspendia o processo de dissolução da legenda. A dupla também protocolou um agravo junto ao próprio TSE contra a decisão do ministro Admar Gonzaga de liberar o prosseguimento da intervenção.

FILIAÇÃO

FBC, por sua vez, começou a cumprir a promessa de que traria novos quadros para o MDB e filiou, ontem, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, ao partido. Ele anunciou que permanece à frente da pasta até o dia 5 de abril, quando deve retomar o seu mandato de deputado federal para disputar as eleições deste ano. O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, hoje no PSB, deve assinar a sua filiação no MDB ainda nesta semana.

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