Num país tropical como o Brasil, bonito por natureza e abençoado por Deus, o verão é mais um bom motivo para celebrar a vida ao ar livre. De preferência à beira-mar. Afinal, as terras tupiniquins estão localizadas entre o Equador e o Trópico de Capricórnio.
Esse fator geográfico coloca o Brasil como o país de maior extensão territorial com sol a brilhar praticamente nos 365 dias do ano nos mais de nove mil quilômetros de orla. Com mais de duas mil praias para exercitar as pernas ou simplesmente lagartixar, é difícil resistir aos apelos de sentir a quenturinha do sol e a frescurinha boa da brisa marinha no corpo.
Mas nada de vestir a roupa de banho, calçar o chinelo e tomar o rumo do mar sem proteção. É preciso defender a epiderme da ação nociva do astro rei, que pode aparecer na forma do câncer de pele. Só neste ano são esperados 182 mil novos casos do tipo não melanoma – o câncer mais comum no Brasil –, alerta a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Então, nada de dar uma de apressadinho, como age Igor Aguaçã, 10 anos (foto), no desejo de logo cair na água.
Primeiramente, é necessário fazer a lição de casa corretamente, como ensinam os especialistas da SBD. A instituição tem por hábito espalhar aos quatro cantos do País: proteja a pele diariamente dos efeitos nocivos dos raios UVA/UVB antes de colocar os pés fora de casa. Isso mesmo.
O conselho não é para ser seguido apenas quando o destino é a praia. Até mesmo nas mais matutinas das horas, quando muita gente costuma levar o melhor amigo para passear.A derme, é fato, exige cuidados contra os raios UVA (aqueles cuja onda de extensão é mais ampla, de ação contínua ao longo de todo o dia e maior responsável pelo câncer e envelhecimento da pele) e UVB (de onda de curta extensão e de maior mais intensidade entre 9h e 16h e que são capazes de causar queimaduras).
É importante notar que não é mais às 10h que começa o período contraindicado à exposição solar. Pelo menos aqui no Nordeste. “Instrumentos de medição registraram altos níveis de radiação ultravioleta (UV), às 9h30, na Praia de Ponta Negra, em Natal (RN). Os números ficaram entre 10,5 e 14. Capazes de causar queimaduras numa pessoa de pele clara”, esclarece o especialista em meteorologia física e coordenador do mestrado em meio ambiente e recursos hídricos da Universidade de Itajubá (MG), Marcelo Corrêa.