Fantasias levam glamour à passarela

Beleza e inventividade dão vida a figurinos que vestem a emoção de desfilantes como João Bosco
Cinthya Leite
Publicado em 17/02/2014 às 18:38
Beleza e inventividade dão vida a figurinos que vestem a emoção de desfilantes como João Bosco Foto: Foto: Igo Bione/JC Imagem


Desde a primeira edição do Baile Municipal do Recife, em 1961, o concurso de fantasias resplandecia pela grandiosidade. No primeiro ano da festa, venceram Ana Maria Ramiro Costa Caldas, vestida de Rainha Elizabeth I, e Mirna Botelho, de Princesa de Bagdá. Ambas foram na categoria Luxo. “Já em Originalidade, ganhou o grupo Canibais Guerreiros”, conta o colunista social Fernando Machado, que guarda um acervo histórico e fotográfico de muitos bailes passados.

Após cinco décadas, o glamour e a beleza das criações que ganham as passarelas continuam a reluzir, graças à devoção imensa dos participantes. O enfermeiro João Bosco Mendonça, que já contabiliza 40 anos como desfilante do Municipal e do Bal Masqué, diz que só permanece com as criações porque preserva um sentimento inexplicável pela magia que está por trás das fantasias.

Na reta final, ele ainda tem que se multiplicar para cumprir a agenda de desfilante e de enfermeiro em hospital público. “Durmo só quatro horas por dia na última semana.” E mesmo com tantos anos de experiência, ele assume que fica meio agoniado às vésperas dos desfiles. “A ansiedade só acaba quando eu me visto. E tenho as minhas exigências: a cabeça da fantasia sou eu que coloco. Só me sinto seguro assim. Para colocar o restante da roupa, conto com ajuda.”

Quando está na passarela, ele ressalta que interpreta e incorpora bem o personagem. “Não tem essa coisa de só carregar a fantasia. É um momento de realização. Então, tenho que caprichar”, finaliza João Bosco.

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