LinkedIn compra aplicativo Pulse

Para especialistas, uma das razões para a compra seria a crescente sinergia entre recomendação de conteúdo e redes sociais
da Agência Estado
Publicado em 13/04/2013 às 13:32


O LinkedIn comprou nesta semana, por US$ 90 milhões, o agregador de notícias Pulse. À primeira vista, a compra pareceu estranha: o LinkedIn é uma rede social para conexões profissionais e o Pulse, um aplicativo (app) criado por estudantes da Universidade de Stanford que funciona como “revista personalizada”. No app, os atuais 30 milhões de usuários escolhem os temas de seu interesse, entre tecnologia, estilo de vida, política e outros, e recebem numa só tela notícias de diversos veículos de comunicação.

Para especialistas do setor, uma das razões por trás da compra seria a crescente sinergia entre recomendação de conteúdo e redes sociais. Compartilhar notícias em ambientes como Twitter, Facebook e até mesmo no LinkedIn é uma prática recorrente entre os usuários. Muitos recomendam diretamente dos sites de notícias clicando nos botões referentes às redes. Outros nem saem de aplicativos agregadores, como o Pulse, que também “conversam” com as redes sociais.

Essa concepção já estava sendo trabalhada pelo LinkedIn, ainda que timidamente. Em 2011, a rede lançou o LinkedIn Today, que até hoje é um projeto experimental. É um espaço que reúne notícias relacionadas de alguma forma com seus interesses e rede de contatos. No ano passado, o site formou um grupo de executivos famosos que, em seus perfis, têm seus próprios blogs. A presidente da HP, Meg Whitman, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, estão entre os blogueiros.

“Nós acreditamos que o LinkedIn possa ser definitivamente uma plataforma de publicação profissional, onde se consome conteúdo e onde veículos vêm para compartilhar conteúdo”, disse Deep Nishar, vice-presidente sênior do LinkedIn, no blog da rede social.

Como mais um recurso à sua disposição, o Pulse poderia ser um novo ambiente para receber os anunciantes do LinkedIn. Mas Peter Kafka, que escreve para o blog de tecnologia All Things D, do grupo do Wall Street Journal, avalia que a rede social pode adotar uma estratégia totalmente nova. “Como seria se o LinkedIn criasse um app, para seus assinantes pagos, que integrasse a base de dados do site com o conteúdo compartilhado pelas pessoas?”, questiona.

Para ele, seria um produto parecido com o projeto que Dan Roth, o responsável pela área de conteúdo do LinkedIn, desenvolveu enquanto trabalhava na Fortune. Ele criou um software que conectava notícias sobre as 500 maiores empresas do mundo e associava aos perfis que seus funcionários mantinham no LinkedIn rede que tem 200 milhões de usuários.

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