A União Europeia quer investir 1 bilhão de euros até 2020 para desenvolver supercomputadores e fazer frente à concorrência dos Estados Unidos e da China, anunciou a Comissão Europeia nesta quinta-feira (11).
"Com esse projeto, participamos da maratona. Corremos todos, com China e Estados Unidos. Nós (os europeus) temos que correr um pouco mais rápido", disse em coletiva de imprensa o Comissário Europeu de Pesquisa, Carlos Moedas.
Sua equivalente da Economia e Sociedade Digital, Mariya Gabriel, alertou que, em 2012, a Europa tinha quatro dos dez principais supercomputadores do mundo, mas hoje "já não estamos mais no top dez".
Essas máquinas permitem trabalhar com grandes quantidades de dados e realizar cálculos complexos, que servem para as previsões meteorológicas, prevenção de terremotos e concepção de novas aeronaves, ou medicamentos.
Por ora, a maioria dos pesquisadores e empresas da Europa trabalham seus dados fora da UE, segundo o Executivo europeu, uma falta de independência que também pressupõe uma ameaça à segurança.
A Comissão Europeia prevê um investimento de 486 milhões de euros, aos quais se somará outro montante similar aportado por 13 países europeus (França, Alemanha, Itália, Luxemburgo, Holanda, Portugal, Espanha, Bélgica, Eslovênia, Bulgária, Grécia, Croácia e Suíça, que não é membro da UE).
O projeto prevê a aquisição e exploração de supercomputadores de primeira categoria e de pelo menos outras duas máquinas de cálculo intenso, que a partir de 2020 estarão à disposição de usuários públicos e privados.
Em paralelo, a UE vai executar um programa de pesquisa sobre cálculo de alto rendimento.