Como se comportou o Jeep Renegade

A reportagem do Jornal do Commercio avaliou o jipinho que está sendo fabricado em Pernambuco
Da editoria Veículos
Publicado em 20/02/2015 às 15:32
Foto: Divulgação


CALIFÓRNIA (EUA) - Renegade é um termo que, para os americanos, tem muitos significados. O principal deles é: rebelde, aquele que foge ao comum e ao tradicional. E o jipinho Renegade tem mesmo muito de revolucionário. Será o menor e o mais barato da linha Jeep, o único a não ser fabricado nos Estados Unidos e também o primeiro da marca a oferecer opção de tração 4x2. Um conjunto de heresias já que a marca, ligada à história norte-americana, é conhecida por produzir SUVs grandes e sempre com tração 4x4. O Renegade quer ser diferente e popular. Será fabricado na China ano que vem, mas já está sendo produzido na Itália e no Brasil com uma missão: ganhar o mundo. “Venderemos o Renegade em cerca de 100 países e a planta de Goiana, em Pernambuco, tem um papel importante nesta operação”, falou Jim Morrison, diretor da marca, para uma plateia formada por americanos, australianos, brasileiros e japoneses.

A Jeep pensa grande com seu SUV compacto. A meta é ser o mais vendido da categoria no Brasil. Isso significa bater o Ford EcoSport que vende uma média de 1.900 unidades por mês. As armas do Renegade são a versatilidade, grande capacidade off-road e o apelo da versão a diesel, combustível muito prestigiado pelos brasileiros. Além disso, a marca prepara uma ampliação considerável da rede autorizada chegando a 200 lojas até o final do ano.

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Lançamento Mundial do Jeep Renegade, na Califórnia, Estados Unidos - Divulgação
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Lançamento Mundial do Jeep Renegade, na Califórnia, Estados Unidos - Divulgação
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Lançamento Mundial do Jeep Renegade, na Califórnia, Estados Unidos - Divulgação
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Lançamento Mundial do Jeep Renegade, na Califórnia, Estados Unidos - Divulgação

Em Pernambuco serão cinco concessionárias. Três no Recife, uma em Caruaru e outra em Petrolina. Os preços só serão revelados no lançamento do carro. Mas devem ficar entre R$ 70 e R$ 110 mil. A versão mais barata será dotada apenas de tração dianteira e câmbio manual, mas semelhante em nível de acabamento e equipamentos com as demais versões. A oferta de motores ficará entre o 1.8 flex e o 2.0 turbodiesel.

O cliente poderá escolher ainda entre três tipos de câmbio: manual com seis marchas, automático também de seis ou o sofisticado automático nove marchas - o mesmo que equipa o Range Rover Evoque. O Renegade será vendido no Brasil em três versões: Sport, a mais simples, Longitude, e a Trailhawk, mais preparada para o off-road. A ideia é contemplar desde o comprador que não precisa de tração 4x4 até os que preferem mais luxo ou mais aventura.

IMPRESSÕES

Como já dissemos, o Renegade é o menor da família Jeep. Mas ainda é um SUV, ou seja, tem porte de um utilitário. As linhas quadradas da carroceria passam um ar rústico, mas contribuem para o ótimo espaço interno. O porta-malas de 351 litros é adequado ao tamanho do carro. O modelo traz recursos interessantes como o detector de ponto cego nos espelhos retrovisores, freio de estacionamento elétrico e até sete airbags.

Experimentamos a versão Trailhawk. O que impressionou logo de cara foi o acabamento caprichado e o conforto, típicos dos modelos da Jeep. A direção elétrica é leve sem ser “boba”, dando segurança ao motorista. No asfalto, o jipinho provou ser silencioso e se comportou como um carro de passeio. O painel digital pode ser configurado ao gosto do motorista e a central multimídia com GPS funciona de maneira fácil.

Para manter a tradição, o Renegade traz referências à história da marca. No painel, a inscrição “Since 1941” lembra que o Jeep começou como veículo militar. Com o Renegade não dá para ir para a guerra, mas seu sistema de tração 4x4, com auxílio da reduzida, não decepcionou na pista de obstáculos de Hollister Hill. O jipinho passou por cima de pedras e mergulhou em lamaçais com a desenvoltura de uma viatura bélica. Mas a batalha que ele deverá enfrentar será outra. A de mercado. E, para esta, ele está bem municiado.

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