Recife é o terceiro do País em blindagem

A capital pernambucana só fica atrás de São Paulo e Rio de Janeiro
Filipe Farias
Filipe Farias
FILIPE FARIAS
Publicado em 05/07/2015 às 13:01
A capital pernambucana só fica atrás de São Paulo e Rio de Janeiro Foto: Foto: JC Imagem


Com a sensação de insegurança espalhada pelo País, estar dentro do seu carro com os vidros fechados e a película fumê para dificultar a visibilidade de quem está do lado de fora parece não ser suficiente para garantir uma viagem tranquila de motorista e passageiros. E quem ganha com isso é o mercado de blindagem automotiva, que vem crescendo consideravelmente a cada ano. E se antes o serviço era restrito aos dinheiros que possuíam carrões de luxo, hoje está disponível para qualquer automóvel. De acordo com os especialistas do segmento de blindagens, os donos de carros com valor acima dos R$ 100 mil são a maioria, mas hoje não é raro ver o dono de um veículo intermediário nessas lojas especializadas.

As lojas especializadas estão cobrando numa média de R$ 30 mil a R$ 50 mil, bem menos do que os valores praticados no passado. Segundo dados repassados pela Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), Pernambuco é o terceiro Estado que mais blinda veículos em todo Brasil, perdendo apenas para São Paulo e Rio de Janeiro.

A tecnologia na blindagem avançou bastante nos últimos tempos e só trouxe ganhos para o setor. “Antes as empresas usavam aço para revestir todo o veículo. Agora usamos a manta de aramida - mesmo material presente no colete a prova de balas - em 90% da área de blindagem e isso trouxe uma série de benefícios”, disse Sérgio Alves, inspetor de qualidade da Inbra Blindados, loja especializada no Recife. 

A manta de aramida é bem mais leve que o ferro e um carro blindado hoje pode pesar até 100 quilos a menos que um carro blindado no passado. E, portanto, as queixas sobre o carro ficar mais pesado e danificar alguns componentes do automóvel diminuíram.

A principal reclamação do cliente em relação ao aço é que o peso comprometia as molas da suspensão. Então, era necessário realizar uma manutenção constante dos amortecedores. Com a aramida esse problema foi resolvido e deixou de interferir no desempenho e no consumo.

Na hora de blindar o carro, o cliente pode optar pelo nível de resistência balística. São três os tipos mais comuns. A nível 1 suporta tiros de revólver 22 e 38. O nível 2 resiste a pistola 9mm e revólver 357 Magnum. A mais procurada no mercado brasileiro é a de nível III-A. “Esse nível suporta até tiros de submetralhadora, pistola 9mm e revólver 44 Magnum. É o mais adequado para garantir efetiva proteção contra as maiores ameaças de armas curtas de fogo encontradas hoje nas mãos da criminalidade”, revelou Ludemir Bracciali, presidente da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin).

Para que o automóvel seja blindado é necessário um Certificado de Registro (CR) do Exército Brasileiro - órgão responsável por normatizar e fiscalizar as empresas do segmento. Todos os tipos de veículos podem receber a proteção balística e o valor cobrado vai depender da área de blindagem necessária. Ou seja, quanto maior o carro, mais manta de aramida será utilizada. Com isso, o valor cobrado será maior. O serviço é realizado num prazo de até 30 dias.

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