OPINIÃO

Os golpes mais comuns para quem busca emprego e o que fazer para não cair neles

Confira as dicas do colunista Felippe Pessoa

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Felippe Pessoa

Publicado em 25/01/2021 às 7:40 | Atualizado em 25/01/2021 às 7:41
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Começamos 2021 com 14 milhões de desempregados no Brasil. Naturalmente, todos esses trabalhadores estão buscando uma recolocação profissional nos mais diversos meios: internet, anúncios em jornal e indicação de amigos e ex-colegas de trabalho. E na onda de oferta de empregos, alguns charlatões se aproveitam para agir de má fé e aplicar golpes.

Quando um profissional está desempregado, é comum que fique mais frágil, buscando suporte de alguém que possa ajudá-lo na recolocação. E é nesse momento que os espertinhos de plantão se aproximam e oferecem ajuda. Mas é preciso muita atenção, afinal, quando a esmola é demais, o santo desconfia.

Um dos golpes mais comuns é o do curso. O golpista garante uma vaga de trabalho ao profissional que se inscrever em determinado curso, sempre pago antecipadamente. Mas ao fim do o curso, o emprego simplesmente não existe. É bem verdade que algumas vagas – especialmente nas áreas técnicas – exigem certificações, mas a probabilidade de ter um emprego garantido apenas pelo curso é muito baixa. Uma vaga de emprego exige uma série de pré-requisitos técnicos e comportamentais e curso ou certificações é apenas uma delas.

Um outro golpe comum é usado para roubo de dados. Em 2020, a Superintendência Regional do Trabalho de PE alertou diversas vezes sobre vagas falsas divulgadas em redes sociais com o objetivo de roubar dados pessoais de trabalhadores e aplicar golpes com essas informações. Antes de clicar no link, pesquise sobre a veracidade da vaga e da empresa. Se desconfiar, melhor nem clicar.

Aqui vão algumas dicas de como evitar cair no golpe da vaga falsa:

  • Desconfie de vagas muito urgentes

Se você vir um anúncio de uma grande empresa, com uma quantidade enorme de vagas e pouca exigência, fique atento. Muitos golpistas fazem esses anúncios em redes sociais como Linkedin e Facebook, que levam para um link. Geralmente, é um vírus que rouba dados do computador.

Essas vagas, geralmente, saem do ar rápido. Por isso, eles sempre dizem que são super urgentes.

  • Se você for cobrado para participar do processo, caia fora

Na grande maioria dos casos, a empresa custeia o processo de seleção de seus funcionários. Grandes empresas não costumam cobrar absolutamente nada para profissionais participarem de processos seletivos.

Se você está participando de um processo com uma agência ou uma consultoria e, durante o processo, é cobrada alguma taxa referente a curso ou treinamento, por exemplo, fique atento.

  • Verifique a autenticidade do site

Além de ficar de olho em erros gramaticais nos posts e sites, investigue sobre o site que está divulgando a vaga. Ele é conhecido? Que empresas divulgam vagas nele?

Muitos sites criam vagas fictícias e tentadoras para roubar informações.

  • Pesquise sobre a empresa que está oferecendo a vaga

Ao longo do processo você saberá que empresa está recrutando para a posição. Se você não conhece, investigue. Busque notícias na internet, amigos que trabalham ou trabalharam nela.

Muitos anúncios falsos usam nomes de empresas que sequer existem. Se você desconfiar, busque informações.

  • Salários acima da média do mercado? Desconfie!

Sabe aquela vaga dos sonhos, que todo mundo quer? Esse tipo de posição, via de regra, não é divulgada de maneira massiva. Quanto mais específica e maior o nível de senioridade da vaga, mais a empresa contratante restringe a divulgação, pois sabe que o número de inscritos será alto, mas os possíveis selecionados serão poucos. Por isso, informe-se, converse com colegas da sua área. As melhores vagas circulam nos bastidores.

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