PSB cogita neutralidade formal, na disputa a presidente, para liberar alianças estaduais

Publicado em 23/01/2018 às 7:13
Foto: Carlos Siqueira, presidente do PSB. Foto: Arquivo PSB


Carlos Siqueira, presidente do PSB. Foto: Arquivo PSB   Às vésperas do julgamento do ex-presidente Lula (PT), em Porto Alegre, o PSB nacional se divide em diferentes teses na discussão interna sobre as eleições 2018. Uma delas defende um nome próprio socialista à Presidência; outra, um apoio ao candidato de outra legenda; e a terceira seria a “neutralidade” nacional, com o apoio informal a um outro partido. A terceira tese deixaria o PSB à vontade para fazer as alianças regionais, seja em São Paulo, onde a sigla é mais próxima do PSDB, seja em Pernambuco, onde ela pende para a centro-esquerda e já declara publicamente a sua simpatia pelo ex-presidente Lula. O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirma que o partido discute essas três linhas e lembra que, em 2006, sua sigla decidiu, mesmo a contragosto do hoje falecido Eduardo Campos, dar apoio a Lula sem uma coligação formal. É justo a tese que volta a ser discutida internamente na legenda. Siqueira destaca: há nove candidaturas a governador pelo PSB, como a reeleição de Paulo Câmara em Pernambuco e a de Rodrigo Rollemberg, no Distrito Federal, fora a campanha de Márcio França, atual vice-governador de São Paulo. “Não temos pressa. As convenções são em agosto”, avisa Siqueira. PARTIDO AINDA AVALIA POSIÇÃO OFICIAL SOBRE LULA Siqueira ficou de consultar a executiva do PSB, nesta terça (23), para saber se haveria nota oficial sobre o julgamento. Pessoalmente, ele critica o ritmo no caso Lula. Há, ele ressalta, processos de outros políticos sem a mesma velocidade. O PSB apoia toda investigação, afirma, desde que respeitado o devido processo legal e a ampla defesa. A nota, na mesma linha, foi publicada na manhã desta terça. "MUITO ANIMADO" Siqueira e Márcio França jantaram juntos na última quinta (18), em São Paulo. “Ele está muito animado”, enfatiza o presidente do PSB. O vice do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, já conta com três partidos aliados. BANCADA FEDERAL Após a saída da ala rebelde – de nomes como o deputado Heráclito Fortes (CE) e o ministro Fernando Filho –, o PSB encolheu sua bancada de 32 para 26 nomes. Mas espera até quatro deputados na janela partidária, calcula Siqueira.
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