Sergio Moro teria dito a Bolsonaro que só continua no Ministério da Justiça se Maurício Valeixo não for demitido. Não é o que Bolsonaro pretende. O presidente, segundo fontes, já teria um nome para indicar à vaga.
O problema é que Moro considera isso um intervenção indevida na Polícia Federal. A primeira crise em torno da demissão de Maurício Valeixo, que quase terminou com um pedido de demissão de Moro, foi porque Valeixo não queria trocar o superintendente do RJ. Na época, a PF do RJ estava no meio de uma investigação que envolvia o filho 01 do presidente, Flávio Bolsonaro.
Bolsonaro, na época, queria colocar o atual secretário de Segurança do DF, Anderson Gustavo Torres. Ele ainda é o preferido para ocupar o cargo. O problema é que o secretário é um crítico de Sergio Moro e já trabalhou para fazer com que o ministério da Justiça fosse dividido em dois para poder ocupar um espaço na Esplanada.
Coincidência ou não, ontem Bolsonaro se reuniu com o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), chefe de Anderson.
Hoje, chamou Moro para avisar que o delegado seria demitido.
Sergio Moro avisou que não aceitaria. Bolsonaro agora terá que decidir se mantém a demissão de Maurício Valeixo da PF, abrindo mão também de Sergio Moro.