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Cena Política

Por Igor Maciel
Huck no PSB

O PSB oferece casa, comida e capilaridade eleitoral a Luciano Huck para campanha de 2022. Falta ele querer

A proposta do PSB para o apresentador oferece uma casa partidária, um volume razoável de recursos e capilaridade para alcançar votos em regiões nas quais o DEM, por exemplo, que chegou a ser o favorito para receber a filiação de Huck, não possui.

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Igor Maciel

Publicado em 18/02/2021 às 19:05 | Atualizado em 18/02/2021 às 19:05
Luciano Huck e a bicicleta - DIVULGAÇÃO

A aproximação conduzida por João Campos (PSB) e Tábata Amaral (PDT) entre Luciano Huck e o PSB tem alguns argumentos que remetem bem a 2018, com números da campanha e alcance de votos que os socialistas registraram para o PT, por exemplo.

A proposta do PSB para o apresentador oferece uma casa partidária, um volume razoável de recursos e capilaridade para alcançar votos em regiões nas quais o DEM, por exemplo, que chegou a ser o favorito para receber a filiação de Huck, não possui.

Nas conversas, dois casos práticos foram colocados.

O primeiro vem de 2014. A articulação feita pelo partido para o então candidato a presidente Eduardo Campos o fez ser lançado imediatamente como terceira maior força naquela disputa. E a tendência apontada em pesquisas era de muito crescimento na medida em que ele fosse ficando mais conhecido nacionalmente.

Na época, o PSB estava com palanques montados e bem estruturados em todas as regiões do país. Não fosse pelo acidente, a história daquela eleição seria difícil de prever.

O outro argumento é de estratégia. Para isso, os socialistas têm utilizado a eleição de 2018. Efetivamente, o PSB só entrou na campanha de Haddad (PT) no segundo turno, em Pernambuco, com movimentação de militância, caminhadas e carreatas.

Como diz um parlamentar do PT, que já disputou eleições com o PSB como adversário e como aliado, os socialistas de PE "tem uma tecnologia própria para conquistar voto".

Resultado é que Bolsonaro venceu a eleição por aqui no 1º turno, mas foi derrotado no 2º turno da eleição, quando o PSB assumiu a frente.

Huck já é conhecido nacionalmente, mas não como político e sua equipe teme, com razão, uma aventura em um partido que não tenha estrutura para levá-lo ao Brasil todo.

Também não vale a pena integrar um partido muito grande, como o MDB, que parece uma colcha de retalhos e integra desde grande lulistas até grandes bolsonaristas, dependendo do lugar no Brasil.

O PSB está sendo vendido como o meio do caminho para Huck.

Ou, ao menos, está prometendo ser o meio do caminho.

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