Alguém lembra do PPL?
O Partido Pátria Livre foi fundado em 2011 e teve como maior feito assumir uma cadeira no Senado, com João Costa Ribeiro Filho, que era suplente e assumiu no lugar do titular por seis meses.
Em 2019, depois de não alcançar, em 2018, o mínimo exigido pela legislação para continuar existindo, foi obrigado a se fundir com o PCdoB.
O PCdoB tem outra história, bem mais densa, com quase seis décadas desde a fundação. Mas, passou os últimos anos apenas servindo de satélite para o PT e enfraqueceu.
Seria extinto em 2019, não fosse a incorporação do PPL.
Graças à cláusula de desempenho criada na reforma eleitoral de 2016, partidos que consomem recursos públicos sem alcançar representação popular suficiente, deixam de receber verbas.
Não faz sentido, para o contribuinte, pagar milhões pelo funcionamento de uma sigla que não representa ninguém.
Partidos como o PCdoB, o PPL e muitos outros, pegavam esse dinheiro e nas eleições arranjavam coligações, para não ter que gastar muito e ir sobrevivendo.
Quando, na última reforma, as coligações foram proibidas, a ideia era garantir que partidos feitos apenas para ganhar dinheiro de fundo eleitoral e partidário tentassem andar com as próprias pernas, ou sumissem.
O primeiro teste foi na eleição municipal de 2020. Siglas mais representativas, ligadas aos anseios da população, foram beneficiadas. Já partidos que costumavam "contratar" palhaços, jogadores de futebol e subcelebridades, para alavancar votações e "puxar" candidatos da chapa sem representatividade, tiveram prejuízo.
Acabou a história de "chapão" e "chapinha", que no fundo eram estratégias de jogo e não de busca por representatividade popular.
Quem não gostou e quer mudar as regras de novo? Os "donos" de partidos, claro. E já querem alterar tudo de novo pra eleição de 2022.
Era de se esperar.