A proposta tem surgido, principalmente, do PCdoB, para a reforma eleitoral que começará a ser discutida na Câmara. Ideia é introduzir o mecanismo de "federações de partidos", para não voltar com as coligações, extintas desde a eleição de 2020.
Trata-se, na verdade, de um disfarce para voltar com as coligações, sem chamar atenção da opinião pública.
Coincidência ou não, o PCdoB quase foi extinto em 2018 por não conseguir representatividade. Pelo texto que se conhece e foi rejeitado em 2017, a federação seria uma coligação.
A diferença é apenas temporal. Ao invés de os partidos se separarem logo após a eleição, como acontecia, seriam obrigados a permanecer e votar conjuntamente durante os quatro anos da legislatura.
Maurício Romão, Ph.D. pela Universidade de Illinois, que estuda o sistema partidário brasileiro, diz que, pelo jeito, é só um "retorno camuflado" das coligações.
Pois é.