O PSL olha para o espelho e pensa: qual apoio terei se Bolsonaro voltar? A resposta não é óbvia como se imagina, porque não existe obviedade lógica entre bolsonaristas.
É um segmento humano que grita apenas na direção do vento.
Dentro do PSL há quem acredite que, ao invés de apoio, Bolsonaro vai é tomar o partido para si, de uma vez por todas, pela destruição de quem estiver lá.
Para que o presidente retorne, o PSL teria que expulsar paramentares que estão na sigla e são inimigos, caso de Joice Hasselmann (PSL).
Sem os críticos internos, restariam no partido aqueles que não criticaram Bolsonaro, mas ficaram a favor de Luciano Bivar quando o presidente do PSL brigou com o presidente da República. Os "isentões", seriam massacrados também.
O PSL de Bivar está com o futuro em xeque. Sem Bolsonaro, também, apesar de muito dinheiro e tempo de TV, está fadado a virar um nanico em 2022.
As eleições municipais mostraram isso. A onda que fez o PSL virar o segundo maior partido do Brasil passou.
Resta decidir entre abraçar esse destino, aliar-se a alguma força de centro para sobreviver ou a Bolsonaro, sob risco de ser destruído também.
Não é decisão fácil.