Talvez a oposição em Pernambuco tenha percebido que não adianta esperar até o último momento antes de trabalhar pela formação de um palanque para a eleição.
Esse erro foi cometido em 2018, em Pernambuco, e em 2020, no Recife, só para citar as mais recentes.
Nas duas ocasiões, o medo de antecipar conflitos e ataques acabou fazendo com que os atritos internos, não resolvidos, avançassem campanha adentro.
Enquanto isso, o PSB, com candidatos bem definidos, trabalhava sem provocar dúvidas, com problemas internos resolvidos.
Não a toa, o primeiro comentário dos socialistas sobre os adversários, nas duas eleições, foi sempre sobre o desarranjo do grupo de oposição. Algo como, "eles não se entendem agora, imagina governando".
Ao menos por enquanto, parece que os possíveis candidatos decidiram botar o bloco na rua com a antecedência necessária.
Raquel Lyra (PSDB) tem sido citada sem arrodeios pelos que estão próximos dela. Ela também não nega.
Miguel Coelho (MDB) é o que tem agido de forma mais aguda, admitindo que pretende ser candidato e já conversando com prefeitos sobre apoios.
Anderson Ferreira (PL) também não está quieto, colocou o bloco na rua, arregaçou as mangas e começou a conversar com aliados. Nas conversas, admite que pretende disputar o governo.
Marília Arraes, ainda presa ao PT que não deve lançar candidatura, tenta se apresentar também.
O primeiro ponto, apresentar-se como opção com antecedência, a oposição já está cumprindo.
Falta se entenderem sobre quem será o nome de consenso e quantas chapas serão, começar a desenvolver uma estratégia. Nesse ponto, ainda estão atrasados.