Quando definiu o apoio do MDB e de outros partidos, na eleição do Recife, a João Campos, o PSB fez uma série de promessas sobre mais participação nas gestões, principalmente a estadual, a partir do fim de 2020.
Uma reforma ampla do secretariado era o que os partidos esperavam, mas pouca coisa avançou.
O PP, de Eduardo da Fonte, foi beneficiado com espaço, mas outros partidos não tiveram a mesma atenção.
Primeiro, a justificativa era que se fazia necessário esperar a formação da equipe de João Campos na prefeitura para seguir com o arranjo na esfera estadual. Isso já aconteceu, mas os partidos seguem esperando.
Um deles é o MDB. A relação do PSB com o MDB, aliás, é curiosa. Desde que Jarbas levou o partido de volta à Frente Popular, a sigla é a primeira a ser cortejada e depois fica esperando definições, sem ver demandas atendidas.
Em 2018, o presidente do partido, Raul Henry, que era vice de Paulo Câmara (PSB), cedeu o lugar para o PCdoB e, prejudicado pelo PSB em suas bases, teve dificuldades pra se eleger deputado federal.
Agora, o tempo vai passando e tanto o MDB como outros partidos aguardam.
Há uma máxima sobre fidelidade, afirmando que "quanto mais fiel, mais ao fim da fila você vai".
É uma estratégia com prazo de validade. E, pelo que se comenta, tem gente cansada de esperar.