A reeleição de Bolsonaro depende de alguns fatores que precisam acontecer em conjunto para que se realize.
A polarização com Lula (PT), sem permitir que uma terceira via cresça, é essencial.
A manutenção de um patamar acima de 20% de bolsonaristas fieis, que acreditem cegamente em tudo que for dito pelo presidente, é outro fator.
Estar sempre posicionado na mídia, mesmo que seja negativamente, sendo criticado, também ajuda bastante na estratégia de parecer vivo e combativo para continuar no cargo. É a ideia do: "se incomoda é porque está fazendo algo".
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Além disso, as redes bolsonaristas precisarão trabalhar bastante espalhando informações falsas e criando factoides sobre os adversários.
Para coroar, é preciso ter uma recuperação econômica no pós-pandemia. E não precisa ser uma recuperação consistente, basta um "vôo de galinha" capaz de enganar os mais leigos. É o que está sendo planejado no ministério da Economia, com mais auxílio emergencial e um Bolsa Família turbinado.
Se todos esses fatores dialogarem até 2022, a reeleição é bem possível, mesmo que, hoje, os índices de popularidade do presidente estejam tão baixos.
O que garante?
É que já aconteceu antes.
Em 2006, Lula (PT) vinha do escândalo do Mensalão, petistas haviam sido presos, a popularidade do presidente caiu.
Lula nunca foi implicado diretamente na Justiça (igual a Bolsonaro), mas estava sempre na mídia, pro bem ou pro mal (igual a Bolsonaro).
Terminou o 1º turno com alguma vantagem para o adversário e as pesquisas indicavam que Alckmin (PSDB) venceria no 2º turno (mesmo cenário atual).
Na segunda fase da eleição, petistas espalharam informações falsas sobre o candidato. Diziam até que ele fazia parte de uma seita secreta na igreja, para difamá-lo.
Pra completar, em 2006, os valores do Bolsa Família foram reajustados em até 20%, ajudando a aquecer a economia.
O petista foi reeleito.
Pode não dar certo dessa vez, mas a receita já foi testada.