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Cena Política

Por Igor Maciel
Cena Política

Bolsonaro pode ficar inelegível dependendo do resultado do inquérito do TSE

Ele tem todo o direito de dar opinião, como cidadão e como presidente da República, mas o fato de ter feito acusações sem provas, utilizando uma rede pública de TV, paga com dinheiro do contribuinte, para alegações pessoais e políticas, pode complicar o presidente.

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Igor Maciel

Publicado em 03/08/2021 às 11:30 | Atualizado em 03/08/2021 às 11:33
Bolsonaro em transmissão ao vivo na última quinta-feira (29) - REPRODUÇÃO DE VÍDEO

Em entrevista à Rádio Jornal, no programa Passando a Limpo, o procurador eleitoral Wellington Saraiva admitiu que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em última instância, pode ficar inelegível, caso leve a pior nas ações que o TSE iniciou contra ele.

O presidente está subindo o tom e aumentando a aposta contra a Justiça Eleitoral há alguns meses. É preciso observar que a reclamação de fraude nas eleições não estava na pauta diária de Bolsonaro até o início deste ano. No início deste ano foi quando o STF liberou Lula (PT) para ser candidato.

>>>TSE abre investigação contra Bolsonaro por ameaças ao sistema eleitoral e pede que STF inclua presidente no inquérito das fake news

O tom, com a acusação de fraude nas urnas, foi subindo na medida em que a popularidade do presidente caia. Bolsonaro chegou a dizer que a sua própria eleição, em 2018, foi fraudada e que deveria ter vencido no 1º turno.

O problema é que a base para as alegações de que as eleições foram fraudadas, como ficou provado na própria apresentação do presidente há alguns dias, são mensagens de apoiadores e vídeos de Whatsapp em ocorrências que, inclusive, já foram investigadas e descartadas pela Justiça Eleitoral.

O procurador eleitoral, que conversou com a Rádio Jornal nesta terça-feira (3), explicou que ele tem todo o direito de dar opinião, como cidadão e como presidente da República, mas o fato de ter feito acusações sem provas, utilizando uma rede pública de TV, paga com dinheiro do contribuinte, para fazer alegações pessoais e políticas, pode complicar o presidente.

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