O PSB vive uma questão curiosa que precisa ser resolvida com muito cuidado nos próximos meses sobre o governador Paulo Câmara (PSB).
Apesar de impopular, Paulo manteve um equilíbrio fiscal em tempos de muita crise, pegando alguns dos períodos mais difíceis da história recente do país. Passou pela crise de Dilma (PT), recessão, desemprego e pandemia.
A condução durante a pandemia, aliás, também foi bem mais assertiva que a de Geraldo Julio (PSB) na prefeitura do Recife, por exemplo.
Paulo não é popular, não desperta paixões eleitorais e não tem uma base de votos consistente e garantida em lugar nenhum do estado.
Mas, cumpriu o trabalho que lhe foi destinado pelo partido e conseguiu, ao menos, manter tudo em ordem nesse período.
Sendo assim, é preciso perguntar: por que ele não seria candidato a uma cadeira no Congresso?
E aí entra o dilema do PSB.
O problema é que se disputar o Senado, o PT vai querer a vaga de governo e o PSB não aceita perder o poder para os petistas dessa forma.
Se disputar a Câmara Federal, pode atrapalhar outros socialistas que tentam a reeleição e já não estão em situação muito boa.
Mas, se Paulo não for candidato, o PSB terá que ouvir durante a campanha inteira que o governo foi "tão ruim que Paulo até foi aposentado".
É duro.