Anderson Ferreira (PL) não está preocupado com a rejeição a Bolsonaro (PL) em PE. Enxerga isso como oportunidade.
O ex-prefeito de Jaboatão e pré-candidato ao governo fez uma visita ao Sistema Jornal do Commercio e garantiu que está preparado para a campanha sem precisar esconder o presidente.
A estratégia está baseada na composição de todos os palanques da oposição local, na polarização nacional e na rejeição ao PSB. É um plano interessante, principalmente porque a eleição nacional está se configurando para uma recuperação de Bolsonaro na disputa com Lula e uma morte precoce da terceira via.
Na terceira via estão, inclusive, todos os candidatos nacionais dos colegas de Anderson na oposição, Raquel Lyra (PSDB) e Miguel Coelho (UB).
Mas, e quando o PSB começar a chamar todos de "palanque de Bolsonaro"? A resposta vem firme, na companhia do ex-ministro Gilson Machado que também estava na visita e é pré-candidato ao Senado: "vamos perguntar o que Paulo Câmara fez com os quase R$ 30 bilhões que o governo Bolsonaro mandou para Pernambuco, onde foi aplicado e se foi aplicado".
Na prática, todos entendem que há uma vaga para a oposição ir ao segundo turno contra o PSB. Anderson, Raquel, Miguel e Marília querem ela.
Enquanto todo mundo fugiu da rejeição a Bolsonaro, Anderson e Gilson tomaram o caminho inverso.
Longe de ser suicida, a coragem dos dois pode acabar sendo premiada.