Bolsonaro (PL) resolveu que já que o preço da gasolina está atrapalhando sua reeleição, o preço da gasolina vai ter que obedecer a ele e não ao mercado.
E se a Petrobras não baixa o preço do combustível de maneira artificial, como fez Dilma (PT) em 2014, ele vai fazer isso por força de uma Medida Provisória.
Para quem não lembra, além do escândalo do Petrolão, o PT forçou o congelamento dos preços dos combustíveis em 2014 para garantir a reeleição de Dilma Rousseff.
O problema é que isso ocasionou um grande prejuízo à empresa e, quando a reeleição foi conquistada, os preços pipocaram. Acabou sendo ruim para todo mundo. Para a empresa e para a população.
Até o benefício de Dilma foi passageiro. Porque ela sofreu impeachment pouco depois.
Quando Michel Temer assumiu, aprovou-se a Lei das Estatais, exatamente para evitar isso.
Quando a Lei das Estatais foi criada, em 2016, foi para proteger empresas como a Petrobras da corrupção que tinha se tornado generalizada nos governos do PT.
A lei acabava limitando a interferência do governo para que as empresas sobrevivessem, independente da ambição eleitoral de políticos e partidos.
Quem sempre reclamou dessa lei foi Lula e o PT, que acreditam, como Bolsonaro, que as estatais estão ao serviço deles próprios e de seus projetos políticos, como fez Dilma em 2014.
Bolsonaro resolveu que vai editar uma medida provisória (MP) para rever trechos da Lei das Estatais e retomar o controle da Petrobras, para segurar os preços artificialmente.
Estará de volta a possibilidade de indicar políticos para cargos estratégicos na empresa, mesmo que eles não entendam nada de Petróleo e Gás.
Eles vão trabalhar ara ajudar quem estiver no poder, como acontecia na época do PT.
Lula deve estar sorrindo e achando tudo ótimo. Se for presidente de novo, terá mais cargos para negociar apoios, como sempre fez.
Bolsonaro e Lula se merecem.