Ciro Gomes (PDT) sabe que o "print" (veja abaixo), a cópia da postagem que ele fez nas redes sociais colocando em dúvida a saúde de Lula (PT) é algo incontrolável. Então, existe método no ato de escrever que o ex-presidente está “cada vez mais fraco fisicamente e psicologicamente” para depois apagar a postagem.
Conhecedor da internet, ele sabe que o conteúdo é copiado de imediato e seria espalhado. Apaga somente para sugerir que “respeita o petista” e não deseja entrar neste mérito.
Por mais que tenha apagado, o print serviu para que a campanha de Lula tivesse que explicar o motivo da rouquidão dele, detalhando até mesmo a frequência com a qual ele faz, ou não faz, sessões com uma fonoaudióloga.
A condição de saúde dos dois líderes das pesquisas é constantemente abordada nos bastidores. Um por causa de um câncer enfrentado no passado. O outro, Bolsonaro (PL), sofre por uma facada cujas consequências já o levaram a ser internado até porque comeu um camarão.
Ciro é o terceiro colocado e sabe que a desconfiança sobre a saúde de qualquer um dos dois pode mudar o fluxo dos votos.
Ciro também aproveitou a imagem de Lula que, no debate, parecia demonstrar cansaço.
A equipe do petista orientou que ele não se metesse em polêmica para não piorar a própria rejeição.
Lula fugiu tanto da polêmica que se tornou apático. Não tinha açúcar nem sal. Ciro aproveitou para inflamar a desconfiança sobre a saúde dele.
Eleição é guerra e, diferente de Lula, o pedetista aprendeu como é a guerra nas redes sociais. Sem precisar de um Janones.