Apesar de Danilo Cabral (PSB) ser quem enfatiza sempre a parceria com Eduardo Campos em Pernambuco, Marília Arraes (SD) é quem tem feito campanha mais parecida com as que se acostumou a ver protagonizadas pelo primo, ex-governador morto em acidente aéreo em 2014.
O programa dela no guia eleitoral busca a emoção do eleitor o tempo todo, com imagens simbólicas e falando bastante sem precisar falar muito.
Não é por acaso. Há integrantes da equipe de campanha do ex-governador que atuam, hoje, na campanha de Marília.
Essa pegada mais emotiva é algo que o pernambucano via nas campanhas de Eduardo e não está presente ainda na campanha de Danilo com efetividade.
No caso do PSB, há uma preocupação com a necessidade de apresentar o candidato, mostrar o que ele pensa, suas origens.
As pesquisas internas têm mostrado que muitos eleitores ainda não identificam Danilo como candidato de Eduardo e de Lula ou simplesmente não o conhecem. Por isso a insistência em apresentá-lo.
Isso é importante, mas eleição no Brasil é uma convergência entre “eletricidade” e “conveniência”.
A emoção encontra os anseios do eleitor e, juntos, fazem “nascer votos”. Ainda mais, a eleição é curta e Danilo terá pouco tempo para tocar o eleitor. Faltam 30 dias para o fim da propaganda eleitoral.
É tempo suficiente e ele ainda deve crescer, mas quem dormir no ponto fica pra trás.
Apresentar-se é importante e Marília errou no primeiro programa, na sexta-feira (26), ao não fazer isso.
Agora, Danilo talvez esteja “se apresentando” demais.
Agregador de pesquisas JC
Confira abaixo os números do agregador de pesquisas do JC com a Oddspointer: