OPINIÃO

Governadores que criticaram Bolsonaro foram os primeiros a liberar atividades. É o caso de Flávio Dino, Doria e Ronaldo Caiado

Bolsonaro ainda paga o preço pela defesa da flexibilização das medidas de isolamento ou distanciamento social, mas alguns dos governadores que jogam para a plateia criticando o presidente, a quem chegaram a chamar de "irresponsável", foram os primeiros a liberar o funcionamento de atividades

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 22/04/2020 às 8:08 | Atualizado em 22/04/2020 às 8:10
FABIO POZZEBOM E MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA BRASIL; GILSON TEIXEIRA/GOVERNO DO MARANHÃO
Governadores João Doria (PSDB), de São Paulo, Ronaldo Caiado (DEM), de Goiás, e Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão - FOTO: FABIO POZZEBOM E MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA BRASIL; GILSON TEIXEIRA/GOVERNO DO MARANHÃO

Estados flexibilizam

Jair Bolsonaro ainda paga o preço pela defesa da flexibilização das medidas de isolamento ou distanciamento social, mas alguns dos governadores que jogam para a plateia criticando o presidente, a quem chegaram a chamar de “irresponsável”, foram os primeiros a liberar o funcionamento de atividades, na tentativa de minimizar os efeitos catastróficos na economia. No Maranhão, o governador Flávio Dino (PCdoB), que usou e abusou de oportunismo, também flexibilizou. A “cereja do bolo” na onda da flexibilização é São Paulo, cujo governador João Doria chegou a provocar bate-boca virtual com o presidente. Foi o caso do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que até “rompeu” com o presidente “em defesa da ciência”.

Abertura radical

O catarinense Carlos Moisés (PSL), um dos defensores mais radicais do “isolacionismo”, acabou cedendo à flexibilizando mais que outros.

Exercícios

Levantamento do instituto Paraná Pesquisa com 2.218 brasileiros em todo o País mostra que a grande maioria dos entrevistados (62,8%) não aproveita o período de isolamento social para praticar atividades físicas, como recomendam os especialistas. Apenas pouco mais de um terço (34,4%) dizem fazer exercício. A parcela da população mais ativa tem 60 ou mais: 41,1% juram que aproveitam a quarentena para manter a forma.

Parado

Quase 70% dos entrevistados com educação até o nível fundamental não estão se exercitando durante o isolamento.

Mulheres ativas

Em média, as mulheres (35,3%) estão se exercitando mais que os homens (33,4%), segundo o Paraná Pesquisa.

Vírus da mídia

O presidente Jair Bolsonaro adorou a brincadeira, que leu no site Diário do Poder, em que o governador Ibaneis Rocha afirmou que o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta “pegou o vírus da mídia”. Riu muito.

Tô fora

Ibaneis Rocha comunicou por WhatsApp aos colegas do Fórum de Governadores que já não se sente a vontade para continuar coordenando a iniciativa, que ele articulou logo após a posse, em 2019.

Inveja mata

Deputado das antigas, que viu Rodrigo Maia moleque, pede paciência: “O Rodrigo, que se acha um gênio da política, passou a vida voando Rio-Brasília-Rio em voos ao lado de Bolsonaro”, lembra, “aí chega 2018, ele quase não foi reeleito e ainda viu o capitão virar presidente. Inveja mata”.

Frase

"Sempre obedientes à Constituição”. Ministro Fernando Azevedo e Silva (Defesa) explica o papel das Forças Armadas na pandemia.

Dedo acusador

O governo de São Paulo protagonizou caso clássico de “o acerto é meu, o erro é seu”: culpou o Ministério da Saúde, que apenas soma os dados informados pelos estados, pelo número de óbitos maior que o real.

Único na bancada

O deputado Daniel Coelho (Cidadania) foi o único pernambucano a votar contra a “ajuda emergencial” a Estados inventada por Rodrigo Maia para garantir R$ 50 bilhões a São Paulo.

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