OPINIÃO

Servidores custam ao Brasil mais de R$600 bilhões por ano, incluindo salários e mordomias

O salário médio no setor público, sem incluir penduricalhos e "extrateto", é R$ 3.800 mensais, o dobro da média salarial no setor privado: R$2.035

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 20/04/2020 às 7:33 | Atualizado em 20/04/2020 às 7:34
MARCOS SANTOS/USP IMAGENS
Saque extraordinário FGTS - FOTO: MARCOS SANTOS/USP IMAGENS

Fazem pouco da crise

Os servidores custam ao Brasil mais de R$600 bilhões por ano, incluindo salários e penduricalhos, para além de mordomias, regalias e privilégios. Mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o chefão do Senado, Davi Alcolumbre, impedem qualquer medida que faça o setor público dar a sua parcela de sacrifício. Inventaram redução de salários no setor privado, mas no setor público, nem pensar. A vergonhosa atitude dos políticos inclui veto a propostas que lhes tire o bilionário fundão eleitoral. O setor público está blindado de qualquer sacrifício, sejam nos salários ou nas mordomias. A “ajuda emergencial” aos Estados prova isso. Há deputados e senadores pedindo a transferência dos R$2,7 bilhões do fundão eleitoral para combater o covid-19, mas Maia e Alcolumbre vetam. Os servidores são 12% da classe trabalhadora, mas ganham 31% dos salários pagos no Brasil, segundo Hélio Zylberstajn, professor da USP. O salário médio no setor público, sem incluir penduricalhos e “extrateto”, é R$ 3.800 mensais, o dobro da média salarial no setor privado: R$2.035.

Testes de Teich não são confiáveis

O mantra do novo ministro da Saúde, Nelson Teich, pregando “testes em massa” de coronavírus, pode não produzir os efeitos que ele imagina pelo simples fato de que, até agora, os produtos existentes no mercado não são confiáveis, com a exceção de três fabricantes chineses que já não têm condições de atender novas encomendas, segundo empresários com experiência no comércio da China. Teich corre o risco de “cair nas mãos” de outros fabricantes padrão “xingling” de testes não confiáveis.

Respiradores

Se Mandetta não conseguiu comprar um único respirador, o governo de São Paulo fá fechou a compra de 3
mil. Vai gastar R$520 milhões.

Quase parando

A maior “roda presa” da gestão de Mandetta para comprar materiais de contra covid-19 atende pelo nome de Departamento de Logística (Dlog).

Que pandemia?

Não consta da área do Dlog, no site do Ministério da Saúde, qualquer iniciativa (licitação, pregão, nada) de
materiais contra coronavírus.

Negócio

Lobby pesado de empresas de certificados digitais tenta se aproveitar do clima de fragilidade do covid-19 para exigir que todas as receitas eletrônicas tenham que ser feitas por médicos com certificado ICP Brasil e dispensadas nas farmácias por farmacêutico com o mesmo certificado.

SOS Amazonas

O governo do Amazonas deveria ser estudado. Ou devassado. Com um número de infectados e de mortos alarmante, quer pagar R$2,6 milhões de aluguel de hospital que não parece equipado para tratar de covid-19.

Frase

"Não tinham onde ficar, onde comer”, deputado Alex Manente (Cida-SP), secretário de Relações Internacionais da Câmara, sobre os brasileiros no exterior.

À brasileira

Em 2013, cidades de todo o País proibiram o uso de máscaras nas ruas, em dias de protesto. Quem usava, era preso. Com sete anos e um vírus, tudo mudou: quem estiver na rua sem máscara pode até ser preso.

Por telefone

Hospitais e planos de saúde, como a Unimed, orientam os potenciais pacientes a permanecer em casa,
mesmo os casos com sintomas do coronavírus. O primeiro passo deve ser o contato por telefone.

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