Representado pelos Três Poderes, o setor público cria leis e decretos e só comunica ao setor privado, que o sustenta, quanto vai custar a crise em empregos suprimidos e empresas quebradas. Inventam suspensão de contrato, põem 25 milhões de pessoas na fila do seguro-desemprego, pintam e bordam. Quanto a eles, muitos marajás, fingem-se de mortos. Nem um grama de sacrifício, nada. Continuam com salários integrais, regalias, mordomias, penduricalhos, jatinhos da FAB e carros oficiais à disposição. O Brasil gastou R$ 928 bilhões com servidores só em 2019. Chefes dos poderes que têm mais marajás, Dias Toffoli (STF) e Rodrigo Maia (Câmara) têm um pacto contra a redução. Câmara e Senado fecharam na gaveta (e jogaram a chave fora) projetos prevendo a redução ou a suspensão dos salários dos parlamentares. Toffoli prometeu a representantes de procuradores e juízes, dias atrás, que a grana de suas excelências não será reduzida. A pelegada das chamadas “carreiras de Estado” já se posicionou contra a redução de salários. Cinicamente, acham que “não precisa”.
- Doria saiu da reunião como queria: entronizado no posto de "anti Bolsonaro"
- Coronavírus: Ainda há 7,3 mil brasileiros no exterior tentando voltar para casa
- Coronavírus: A liberação do dinheiro que pode, literalmente, salvar vidas, foi adiada
- Pesquisas mostram que prestígio de Mandetta sobe em flecha, bem ao contrário do presidente Bolsonaro
- Pesquisas mostram que população está muito insatisfeita com a conduta de Jair Bolsonaro no enfrentamento do coronavírus
Vão ficar sem ajuda
A legislação aprovada no Congresso vai deixar sem acesso ao auxílio de R$ 600 do coronavoucher milhares de desempregados que buscam trabalho há mais de um ano. É que um dos itens proíbe o pagamento, hoje, em abril de 2020, a quem estava empregado em 2018, há quase um ano e meio atrás. O item perverso e sem sentido foi aprovado por deputados e senadores e não está entre itens vetados pelo presidente.
Nada
Não importa se está desempregado há mais de um ano, quem ganhou R$ 28.559,71 (cerca de R$ 2,2 mil mensais), em 2018, ficará sem nada.
De fora
Estão fora ainda aposentados, pensionistas e outros com renda familiar acima de 1/2 salário mínimo por pessoa ou três salários mínimos no total.
Cadastro
O motivo do corte, mais uma vez, é a falta de cadastro, pois os dados de renda da Receita, utilizados para cruzamento, são relativos a 2018.
Cenoura
A estratégia de Rodrigo Maia para repórteres esquecerem a história de cortar salários e regalias no setor público: se citarem o assunto, dá um jeito de criticar o governo. Ataque ao governo sempre ganha prioridade.
Impacto
O ministro Marcelo Álvaro Antonio revelou que o setor do Turismo foi o primeiro impactado pela crise do coronavírus: 'Há áreas que foram de 100% de faturamento para 0%', destacou. Uma tragédia.
Frase
“Nunca tive conhecimento dessas contas”, ex-presidente Dilma Rousseff inaugura sua versão do “eu não sabia”, de Lula, para as maracutaias com a JBS.
Maior cara lisa
Agora foi a vez de Dilma afirmar à Polícia Federal que “nunca ouviu falar” na gorda conta bancária que Joesley Batista abriu para ela no exterior. O chefe da quadrilha, que nunca sabia de nada, também “não conhecia” quem reformou de graça o seu tríplex no Guarujá e seu sítio em Atibaia.
Lá, é jogo rápido
Trump anunciou ontem uma ajuda às micro e pequenas empresas muito semelhante à brasileira: US$ 2 bilhões para ajudar no pagamento de salários. Hoje os empreendedores já podem pegar o dinheiro. Já o Brasil, que inventou o programa, não saber como fazer viabilizar a liberação.
- Cláudio Humberto: cartórios viraram inimigos da modernização no Brasil
- Menor número de cartões corporativo em cinco anos
- Cláudio Humberto: deputados têm auxílio-moradia quando não ocupam apartamentos que a Câmara dispõe
- Justiça obriga Google a censurar escândalo JBS
- Câmara ignora funcionários expostos ao coronavírus na Europa
- Manifestação de domingo dá pesadelos em Maia
- Após absolvição, Fraga volta a sonhar com vaga na Secretaria de Governo
- Marília Arraes lança programa para recuperar tempo perdido
- Cláudio Humberto: Janaína Paschoal conhece o caminho das pedras
- Por conta do coronavírus, Câmara cria novo ‘recesso’
- Bolsonaro agora se convenceu da gravidade da pandemia do coronavírus
- Receita Federal ainda não se mostrou sensível às dificuldades geradas pelo coronavírus
- Coronavírus: Ainda há cerca de 1.600 brasileiros em Lisboa à espera de viajar de voltar para o Brasil
Comentários