Variação de preços de brinquedo chega a até 94% antes do Dia das Crianças, diz Procon Recife

Veja abaixo a pesquisa completa com 170 brinquedos em lojas físicas e virtuais
JC
Publicado em 05/10/2020 às 10:48
A Foto: REPRODUÇÃO


Com o Dia das Crianças, no dia 12, se aproximando, os consumidores deverão ficar atentos na hora de comprar um presente. O Procon Recife realizou, nos últimos 5 dias, uma pesquisa de preço de 170 brinquedos em lojas físicas e virtuais e constatou variações de preço de até 94% no mesmo produto. A boneca Poly, da Sarmento, custava R$ 14,99 do Shopping Recife, estava sendo vendida a R$ 252,00 no site das Casas Bahia. Outro exemplo é a boneca LOL Surpsise, que pôde ser encontrada de R$ 94,90, no EXTRA.com.br, a R$ 629,90 também nas Casas Bahia - uma diferença de 84,93%.Veja aqui a pesquisa completa.

O levantamento reforça para a necessidade de o consumidor comparar os valores de itens que deseja comprar. Especialmente próximo à datas comerciais, os vendedores podem aplicar preços mais altos que o padrão. “Só um empresário pode estabelecer o preço de produto. Tudo depende do custo da loja. É a lei da oferta e da procura; se o estabelecimento vende por R$ 100 e as pessoas estão comprando, ele vai manter esse preço. Mas se vende por R$ 100 e ninguém compra, terá que revê-lo”, falou a presidente do Procon Recife, Ana Paula Jardim, explicando que o órgão não faz controle de preço desse tipo de produto.

Além do aspecto financeiro, há de se ter outra preocupação na hora de comprar presentes para os pequenos. O item precisa do Selo do INMETRO, que indica que foi testado no Brasil para acidentes (intoxicações, choques elétricos, perfurações etc) e para a saúde (causar alergias, por exemplo).

“Alguns brinquedos comprados por criança começaram a dar lesão na boca, e eram produtos importados da China feitas com material plástico de lixo. É muito importante que um produto comprado para o Brasil tenha selo do Inmetro”, frisou. 

Outros cuidados importantes de conferir são os dados na embalagem: precisam a descrição exata dos itens inseridos na embalagem, incluindo pilha ou bateria, identificação do fabricante (nome, CNPJ, endereço), informação do importador (caso o brinquedo seja importado), eventuais riscos que possam apresentar à criança, as instruções de uso e de montagem.

“Tem que ver se a criança tem a idade adequada para o brinquedo, porque tem produto que vem com pecinhas pequenas que podem ser engolidas facilmente, além de produtos com pintura que causam alergias, danos tóxicos. ”, alertou.

Em caso de dano ou de algum problema com o item, o primeiro a se fazer é tentar acionar o fabricando ou comerciante. Ele terá um prazo de 30 dias para reparar e entregar o bem em perfeitas condições. “Não resolvendo, procure um órgão de defesa do consumidor”.

Por isso, lembre-se de exigir a nota fiscal: “Se for comprado num ambulante, não terá nenhuma garantia, não vai poder trocá-lo por outro produto. Se percebermos que foi uma loja convencional e que não tem nota fiscal, - o cliente poderá comprovar através do extrato bancário”, concluiu.

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