O provável quarto nome a assumir o Ministério da Educação do governo Bolsonaro, Renato Feder tem 42 anos e é natural de São Paulo. É o atual secretário de Educação e Esporte do Paraná. Empresário, político e mestre em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e graduado em administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com uma visão de mercado liberal, Feder é conhecido por ser sócio da Multilaser, empresa brasileira de eletroeletrônicos e informática.
» Bolsonaro escolhe Renato Feder como novo ministro da Educação, diz jornal
Feder teve o nome cotado para a pasta desde a saída de Weintraub, mas perdeu a vaga para Decotelli, porque o presidente queria alguém mais velho. Decotelli tem 70 anos. Feder deve assumir o ministério da Educação ainda nesta sexta-feira (3).
Ele tem experiência como docente na Educação de Jovens e Adultos (EJA), ensinou matemática durante 10 anos, além de ter sido diretor de escola por oito anos em São Paulo. Também assessorou voluntariamente a Secretaria da Educação de São Paulo em 2017, segundo a Secretaria de Educação do Paraná.
Renato Feder e seu amigo e sócio Alexandre Ostrowiecki fundaram o site o Ranking dos Políticos em 2010, página que acumula dois milhões de seguidores.
De acordo com informações, foi com a ajuda do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), que Feder teve o nome cotado ao MEC. Massa sempre tentou manter cordialidade com o presidente da República, os tornando assim, aliados. Feder também foi preterido por Bolsonaro pela relação com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), já que o empresário chegou a trabalhar na Secretaria de Educação do Estado e também doou R$ 120 mil à campanha do tucano para prefeito, não fazendo a mesma coisa na campanha para governador.
O empresário concedeu uma entrevista a revista Nova Escola em 2019, onde falou sobre a valorização do professor em sala de aula. "Eu entendo que a Educação passa por muitos pontos, mas o principal momento de aprendizagem é a aula. Quando o professor entra para dar aula, o ambiente é desafiador. Então, a gente tem que ajudar o professor em dar uma boa aula", enfatizou na entrevista em 2019.
Demonstrando sua visão liberal, Feder chegou a propor parceria entre rede pública e privada de ensino, como a formação continuada de docentes. O empresário também se mostrou contrário ao pagamento de bônus a professores e defendeu mais promoções como valorização da profissão e comentou que diretores devem ganhar "muito bem", argumentando que "se o diretor não estiver a fim, nada acontece".