Pais que defendem o retorno das aulas presenciais nas escolas de educação básica de Pernambuco realizam um ato, no próximo domingo (20), às 10h, no Segundo Jardim de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Nesta sexta-feira (18), completam seis meses do fechamento das unidades de ensino por causa da covid-19. O decreto estadual que suspendeu as aulas presenciais devido à pandemia, datado de 18 de março, vale até terça-feira (22).
O manifesto em Boa Viagem está sendo organizado por um grupo de pais que se define como Movimento de Volta às Aulas dos Pais de Alunos das Escolas de Pernambuco. Além do protesto presencial, há uma petição online, direcionada ao secretário de Educação de Pernambuco, Frederico Amancio, pleiteando a volta das aulas nas escolas privadas. Até 18h30 desta sexta-feira havia 222 assinaturas.
No Estado estudam cerca de 2,2 milhões de alunos da educação infantil ao ensino médio, de acordo com o Censo da Educação Básica 2019 do Ministério da Educação (MEC). Desse total, 524 mil estão em escolas particulares. Os demais estudam na rede pública (colégios federais, estaduais e municipais). Em nota publicada no início desta semana, o governo de Pernambuco disse que vai analisar os dados da covid-19 na segunda-feira (21) para deliberação sobre o cronograma do plano de retorno das redes pública e privada.
"Defendemos o direito das famílias escolherem se vão mandar ou não seus filhos para as escolas. Decidimos pelo ato porque percebemos que a discussão estava apenas em grupos de whatsapp", explica a advogada Fabiana Nunes, mãe de duas crianças. "Muitos colégios estão com tudo pronto para voltar, seguindo todos os protocolos exigidos", observa. Segundo ela, a ideia da manifestação começou com mães e pais da Escola Americana, mas depois cresceu e agora reúne pais de diversos outros colégios de Recife.
Os organizadores ressaltam a importância de as pessoas irem de máscaras. Fabiana diz que o movimento não tem vinculação com o sindicato dos donos de escolas privadas de Pernambuco, que no último dia 3 de setembro realizou também um ato público, em frente ao Palácio do Campo das Princesas, no Centro do Recife, para cobrar do governo a liberação das aulas presenciais em Pernambuco.