Margarida Azevedo
Publicado em 24/09/2020 às 14:30
No ensino médio da rede estadual, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de Pernambuco (Idepe), divulgados nesta quarta-feira (23) pelo governo estadual, referente a 2019 ficou em 4,7, mesmo resultado do ano anterior. Criado em 2008, o indicador vinha crescendo a cada edição, a partir de 2010. Desta vez, manteve o desempenho de 2018.
A nota é um pouco maior que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), calculado pelo governo federal e divulgado semana passada. Nessa etapa, para as escolas estaduais, Pernambuco teve média 4,5.
O Bônus de Desempenho Educacional (BDE), pago aos docentes das escolas que tiveram as metas do Idepe alcançadas, será repassado em outubro. O valor total que o governo vai reservar para o BDE não foi informado. Ano passado o investimento ficou em cerca de R$ 20 milhões.
O Idepe usa a metodologia semelhante ao Ideb. A diferença é que o índice nacional é calculado a cada dois anos, enquanto o estadual é anual. Para compor a média, observa-se o desempenho dos alunos em provas de português e matemática do Sistema de Avaliação da Educação de Pernambuco (Saepe), aplicado para turmas dos 2º, 5º e 9º anos do fundamental e 3º ano do ensino médio. A esse resultado soma-se o fluxo escolar, uma combinação das taxas de aprovação, reprovação e abandono.
O secretário de Educação, Fred Amancio, destacou que somente 13 escolas estaduais tiraram média menor que 3. Comparado com a primeira edição do Idepe (2008), houve uma redução de 98% (havia 575 colégios naquele ano). Em relação às maiores notas, em 2019 foram 49 escolas com resultado acima de 6, dos quais oito ficaram com 7 em diante. Em 2014 era apenas uma com nota média maior que 6. Há 758 escolas estaduais com turmas de ensino médio. “Estamos satisfeitos com o nosso resultado”, afirma Fred Amancio.
“A educação de Pernambuco não vai se desenvolver de uma maneira isolada. É preciso integração e uma visão muito estratégica dentro das peculiaridades de cada região, mas dentro de uma visão de gestão, onde o trabalho integrado dos gestores, professores, alunos e o poder público possa fazer a diferença”, ressalta o governador Paulo Câmara.