As professoras e os professores do Recife decretaram estado de greve. A decisão foi tomada após uma assembleia geral realizada pelo Sindicado Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), na manhã desta sexta-feira (22).
A categoria cobra da Prefeitura do Recife o índice de reajuste do piso salarial, orientado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que neste é de 3,62% para todas as faixas salariais, e os 14,67% referentes aos "restos residuais" que não foram aplicados nos últimos dois anos.
Para Jaqueline Dornelas, coordenadora geral do Simpere, o prefeito João Campos "deve valorizar a categoria e sua carreira profissional aplicando o índice de reajuste em todas as faixas salariais e reestruturando a carreira, que hoje é uma das piores da Região Metropolitana do Recife".
A Prefeitura do Recife (PCR), por meio das secretarias de Educação e Administração, propôs até o momento, apenas a aplicação desse percentual incorporados na carreira para os professores graduados, especialistas, mestres e doutores, com pagamento iniciado a partir de março (sem retroativo). Já nos casos dos professores de nível médio, será aplicado os 3,62% com retroativo a janeiro deste ano.
"Já que o governo não avança com uma proposta que atenda à pauta da categoria, a nossa mobilização se intensifica. Vamos às ruas conquistar a valorização da nossa carreira. O Simpere está disposto a fortalecer esta luta pela educação pública com valorização profissional", declarou a coordenadora.
Uma nova assembleia está prevista para a próxima terça-feira (26), para avaliar a possibilidade de cruzar os braços caso a prefeitura não apresente novas propostas em mesa de negociação na tarde desta sexta-feira.