O novo chefe da Polícia Civil, Nehemias Falcão, em entrevista à coluna Grande Recife, publicada no JC no último domingo (19), tinha afirmado que procuraria o diálogo como Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol). O Sinpol, por sua vez, garante também estar pronto para conversar e elogia a escolha do delegado para a chefia da corporação.
"Sempre foi um homem de bom trato e ao longo de sua trajetória profissional também demonstrou ser alguém que investe e reconhece a importância do diálogo", diz, em nota, a entidade sindical. "Trabalhei com Nehmias, sei da sua competência e, sinceramente, acho que na atual conjuntura não teria quadro melhor para chefiar a Polícia Civil de Pernambuco do que ele. Desejamos muito sucesso e, desde já, nos colocamos à disposição para colaborar, sempre que houver espaço para o diálogo", diz Áureo Cisneiros, presidente do sindicato.
Cisneiros alega que é preciso um encontro rápido com o novo comandante da Polícia Civil, a fim de discutir medidas contra a proliferação da covid-19 entre os integrantes da corporação. "O policiais civis são o maior patrimônio da instituição. a proteção dos homens e mulheres deve ser sempre o objetivo do Chefe de Polícia, e é isso que esperamos dos nossos gestores. O bem-estar dos Policiais Civis é a segurança do nosso povo", completa Cisneiros.
Boa notícia em tempos em que o diálogo tem que ser travado nas mais variadas esferas da sociedade. A atual diretoria do Sinpol é filiada a PSOL (depois de muitos anos em que a entidade sindical foi um feudo do PT) e alguns de seus integrantes já concorreram a cargos eletivos. Ou seja, a situação de oposição com relação ao PSB que comanda o governo do Estado é clara.
Aqui na coluna deixamos pública a admiração pelos dois gestos: do delegado, ao se oferecer para o diálogo, e do sindicato, por se colocar da mesma forma.